Projeções do mercado pioram com anúncio de pacote de corte de gastos
A recente coletiva sobre o pacote fiscal, realizada ontem (28), trouxe à tona uma piora significativa nas projeções econômicas para o Brasil. O dólar ultrapassou a marca de R$ 6, enquanto as expectativas para a taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, também pioraram. O mercado agora estima que a Selic, atualmente em 11,25%, possa subir até um ponto percentual, atingindo 12,25%. Segundo Alan Ghani, essa situação é atribuída ao pacote fiscal na insuficiência de estabilizar a dívida pública, o que mantém o problema dos gastos sem solução e faz a dívida continuar a crescer.
Para os especialistas entrevistados pelo Jornal da Manhã, o aumento da dívida pública eleva o risco de calote no futuro, o que se reflete nos preços, explicando a alta do dólar e dos juros. Para Deysi Cioccari, a desconfiança do mercado na estabilidade econômica do país e na condução das políticas fiscal e monetária pressiona os preços. Isso agrava a inflação e prejudica o poder de compra da população. Para recuperar a credibilidade econômica, seria necessário um movimento contrário ao atual, que não detalha medidas eficazes e é visto como populista.
Na perspectiva de Cristiano Vilela, o governo atual enfrenta críticas por sua incapacidade de cortar gastos e por manter uma visão considerada antiquada e míope em relação à realidade econômica. Mesmo diante da necessidade de ajustes, o governo anunciou um gasto elevado com a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas que ganham até R$ 5.000.
*Com informações do Jornal da Manhã
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More