Polícia Civil resetou celulares de delator do PCC em 2022
O conteúdo de celulares pertencentes ao empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi deletado enquanto estavam sob a custódia da Polícia Civil de São Paulo, em 2022. Gritzbach, que foi assassinado em um ataque no aeroporto de Guarulhos, estava sob investigação por lavagem de dinheiro e era suspeito de estar envolvido em um duplo homicídio relacionado à facção criminosa PCC. Laudos do Instituto de Criminalística revelam que os iPhones apreendidos foram restaurados para as configurações de fábrica após a apreensão. Um dos dispositivos foi resetado em 13 de fevereiro de 2022, apenas dois dias após a apreensão, enquanto outro passou pelo mesmo processo em 22 de março.
A perícia conseguiu recuperar algumas informações de um dos celulares, mas não teve sucesso em acessar dados de outro aparelho, que era considerado crucial para a defesa de Gritzbach. Além das irregularidades na manipulação dos celulares, surgiram denúncias de interferência indevida nas investigações. O agente penitenciário David Moreira da Silva relatou que recebeu ordens para criar informações falsas sobre Gritzbach, sob a ameaça de prisão de seus familiares. Essa orientação teria vindo de Eduardo Monteiro, que liderava a equipe de investigadores do DHPP.
O juiz Bruno Ronchetti de Castro decidiu que Silva e Gritzbach seriam levados a júri popular, com base em evidências que indicavam envolvimento no crime. A questão do reset dos celulares não impactou o resultado do julgamento, uma vez que as perícias foram realizadas em um inquérito distinto. Atualmente, policiais civis, militares e membros do PCC estão sob investigação por possíveis ligações com o assassinato de Gritzbach.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira
Fonte: Jovem Pan Read More