A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS EMPRESAS
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Em um mundo em constantes mudanças, o aprendizado é um fator de adaptação e sobrevivência: a empresa que não aprende morre. O que está se tornando vital hoje em dia é aprender de forma mais eficiente. Em ambientes de mudanças lentas, mais estáveis, o aprendizado também pode ser lento e o método de tentativa e erro pode ser bem-sucedido. Mas, em um mundo como o que vivemos atualmente, de mudanças aceleradas, errar pode ser fatal: “…as deficiências de aprendizado são trágicas nas crianças, mas são fatais para as organizações” (Senge, 1998, p. 121).Nas empresas há dois níveis de aprendizado: o nível individual e o nível do grupo. No nível individual, está o aprendizado de cada membro do grupo, isoladamente, por meio de seminários, treinamentos, experiências pessoais. No nível do grupo, ocorre o aprendizado quando os indivíduos compartilham os seus conhecimentos, experiências e informações.
A tecnologia da informação pode ajudar as organizações nesse processo de aprendizado organizacional, seja no nível individual (pela facilidade de acesso aos dados, da utilização de softwares educativos, participação de cursos a distância, utilização de simuladores), seja no nível de grupo, facilitando a comunicação e a troca de informações e experiências. Vários autores e pesquisadores têm publicado a respeito das características da chamada nova economia, ou economia da informação, ou economia de rede ou, ainda, economia digital. Dentre eles, podemos citar Negroponte (2000), Rifkin (2000), Shapiro &Varian (1999), Kely (2000), Lastres & Albagli (1999).
As principais características dessa economia, citadas por esses autores, são a interligação, a globalização e a valorização de intangíveis: informações, idéias, símbolos, relacionamentos e serviços. A principal tecnologia que impulsiona as mudanças percebidas, na economia e na sociedade, é a Internet. A economia será formada por redes de empresas interligadas, autônomas e descentralizadas e ocupará o espaço virtual que é infinito e não mais lugares geográficos que são finitos. Haverá um encurtamento das variáveis tempo e distância e redução de barreiras e fronteiras entre os países. Será uma economia marcada por grande inovação, muitas mudanças e pouca harmonia, em que as novas oportunidades e a criatividade serão mais valorizadas do que a eficiência e a produtividade. O menor e mais ágil ganhará do maior e mais lento (Kelly, 1999). Todas essas previsões já estão ocorrendo e estamos assistindo com sentimentos ambíguos que variam entre maravilhados e impotentes.
As promessas da tecnologia da informação, feitas desde o surgimento dos computadores, não se concretizaram até os dias de hoje. Os limites da tecnologia não podem ser mais desculpa, pois a tecnologia tem evoluído numa velocidade muito maior do que as empresas e os profissionais de tecnologia da informação (TI) conseguem acompanhar. Segundo Applegate, citado por Drucker et al. (1997), a tecnologia não solucionará facilmente os problemas sérios e, sozinha, não será garantia de competitividade entre as empresas. Ela vai requerer um planejamento cuidadoso e uma gestão responsável, mais também vai sobrecarregar a potencialidade de criatividade dos líderes empresariais que terão que decidir quando usá-la e com que finalidade. Um dos riscos que se corre é do excesso ou sobrecarga de informação que, além de não informar, causa stress em quem tem que tomar as decisões.Para as empresas se transformarem em empresas que aprendem ou empresas baseadas na informação, terão que alterar velhos hábitos.
Ângelo José D’Ambrosio e Mestre na área internacional, Prof. dos Cursos de Economia e Direito