Irã solicita que governo Trump adote ‘abordagens realistas’ em relação a Teerã

A ascensão de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos trouxe à tona uma série de reações do governo do Irã, que agora clama por abordagens mais realistas do novo governo americano. Durante a primeira administração de Trump, a relação entre os dois países foi marcada por extrema tensão, especialmente após o desmantelamento do acordo nuclear iraniano. Este acordo, inicialmente proposto por Barack Obama, tinha como objetivo principal impedir o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã. A administração Trump, no entanto, foi caracterizada por declarações contundentes e ações militares, incluindo a operação que resultou na morte de Qassem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária Iraniana, em solo iraquiano.

O governo iraniano expressa uma crescente preocupação com o contexto de guerra no Oriente Médio e as hostilidades com Israel, que podem se mostrar prejudiciais para o país. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã destacou a esperança de que as políticas do governo americano sejam realistas e respeitem os interesses das nações do Oriente Médio, incluindo o próprio Irã. Até o momento, Trump não fez declarações incisivas sobre o regime dos aiatolás, mas a postura dos Estados Unidos em relação à República Islâmica e aos eventos na região nos últimos 15 meses tende a isolar ainda mais o Irã no cenário internacional.

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A situação do Irã é complexa e multifacetada, com suas forças aliadas, como Hezbollah, Hamas e os Houthis, enfraquecidas desde o início da guerra no Oriente Médio. Além disso, o país enfrenta dificuldades significativas devido às sanções econômicas impostas ao seu regime. Essas sanções têm impactado severamente a economia iraniana, limitando suas capacidades de atuação tanto internamente quanto em suas políticas externas. A expectativa é que as mudanças na política americana em relação ao Irã, que serão anunciadas a partir da cerimônia de posse de Trump e seus primeiros atos de governo, possam ter um impacto significativo na posição do Irã na região.

*Com informações de Luca Bassani