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Hugo Motta diz que 8 de Janeiro não foi tentativa de golpe e critica penas aplicadas pelo STF
07/02/2025![Lula promete políticas de crédito e diz que quando o dinheiro começar a circular, ‘ninguém aqui vai comprar dólar’](https://jpimg.com.br/uploads/2025/02/54311864467_716a65adf9_k-750x500.jpg)
Lula promete políticas de crédito e diz que quando o dinheiro começar a circular, ‘ninguém aqui vai comprar dólar’
07/02/2025![](https://jpimg.com.br/uploads/2024/11/000_36m97h6-750x500.jpg)
Desde o começo da guerra entre Israel e Hamas em outubro de 2023, a diplomacia norte-americana se empenhou intensamente em ter uma participação positiva na resolução do conflito, sem abandonar seus aliados de longa data, Israel. O ex-Secretário de Estado, Antony Blinken, esteve múltiplas vezes em vários países da região, de Telavive a Doha, do Cairo a Dubai, o diplomata esperava solucionar o caos no Oriente Médio, evitando uma guerra generalizada e recuperando a credibilidade dos Estados Unidos em países tão estratégicos.
Muitas das viagens, todavia, foram extremamente malsucedidas, e o apelo norte-americano para se encontrar um consenso não foi escutado na maior parte do tempo, seja pelo governo de Netanyahu, insatisfeito com o apoio cambaleante dos democratas, seja pelos países árabes, desconfiados da imparcialidade dos Estados Unidos.
Contra todas as expectativas, mas com um homérico trabalho em conjunto entre a equipe de Biden e a equipe de Trump, um acordo de cessar-fogo foi costurado nos últimos dias de 2024 e garantiu uma pausa nas hostilidades por algumas semanas. Os termos colocados pelos beligerantes foram aceitos mutuamente, enquanto muitos ainda se perguntam sobre a perenidade do acordo. Nas últimas semanas, à medida que reféns eram libertos por terroristas do Hamas e prisioneiros palestinos saíam das prisões israelenses, o presidente Trump fez declarações extremamente polêmicas sobre o futuro de Gaza.
Segundo o mandatário, os Estados Unidos tomariam conta do enclave palestino, reconstruindo-o aos moldes de uma Riviera e realocando milhões de pessoas para outros países. As falas problemáticas do ponto de vista humanitário e jurídico, causaram uma série de respostas negativas de aliados e adversários. Agora, a Casa Branca tenta consertar o estrago feito enviando o chefe de sua diplomacia para uma missão no Oriente Médio.
Marco Rubio, político de carreira do estado da Flórida, já expressou em algumas ocasiões sua postura pró-Israel e contra a solução de dois estados. A viagem que terá início na semana que vem passará por Israel, Qatar, Emirados Árabes e Arábia Saudita, não apenas demonstrando uma abertura para a manutenção do cessar-fogo, mas também para acalmar os ânimos de aliados árabes importantes, ultrajados com a proposta de Trump.
Durante o primeiro governo do republicano, os históricos Acordos de Abraão conseguiram selar a paz de Israel com algumas nações muçulmanas como o Marrocos, Emirados Árabes e Bahrein. O principal desejo deste novo mandato é garantir que os dois principais aliados norte-americanos no Oriente Médio, Israel e Arábia Saudita, também estabeleçam relações diplomáticas amistosas, ampliando a influência americana na região e isolando definitivamente a teocracia islâmica do Irã.
A viagem de Rubio será apenas a primeira de muitas passagens pelo Médio Oriente, em uma dura tarefa de garantir aos parceiros árabes que as falas de Trump não significarão uma nova invasão militar nesta parte do mundo, assim como prezar para que o caminho construído para uma paz saudita-israelense seja retomado. As condições colocadas sob a mesa são múltiplas em ambos os lados, mas não são tão utópicas de serem alcançadas. Um novo desafio começa para uma nova administração com tanto trabalho a fazer em um mundo em constante mudança, e esse primeiro tour de Rubio é apenas o primeiro passo.
Fonte: Noticias ao Minuto Read More