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Suspeita de envenenar bolo no RS é encontrada morta na prisão
13/02/2025![Acidente com carreta no Rodoanel deixa um morto](https://jpimg.com.br/uploads/2025/02/rodo-anel-750x437.jpg)
Acidente com carreta no Rodoanel deixa um morto
13/02/2025![](https://jpimg.com.br/uploads/2017/04/3006441967-vladimir-putin-donald-trump-300x169.jpg)
Nunca se gastou tanto com defesa em nosso planeta. Os dados mais atualizados do ano de 2024 revelam que mais de 2.4 trilhões de dólares (mais de 14 trilhões de reais) foram gastos mundialmente pelos ministérios da defesa e exércitos nacionais. Todas as regiões, com exceção da África Subsaariana, tiveram um incremento em seus gastos militares, sobretudo na Europa, China e Oriente Médio. Essa cifra trilionária, ultrapassa o PIB anual do Brasil em alguns bilhões e revela uma preocupação excessiva para um conflito de grandes proporções destrutivas. Um dos maiores temores se concentra na imprevisibilidade do conflito no Leste Europeu, onde uma guerra travada há três anos é responsável pela mais recente corrida armamentista.
Pela primeira vez de forma oficial, o presidente norte-americano, Donald Trump, ligou ao seu homólogo, Vladmir Putin, para discutir possíveis soluções para a guerra na Ucrânia. Ambos os presidentes se comprometeram a fazer viagens aos respectivos países, e negociar da melhor maneira possível um desfecho ao conflito. Logo em seguida, o presidente Trump, também telefonou ao presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, para o comunicar a respeito do telefonema com os russos e colocar-se à dianteira de mediações de paz. Desde março de 2022, conversas diplomáticas não acontecem entre Rússia e Ucrânia, que passaram os últimos 36 meses guerreando de maneira intensa e com poucas mudanças significativas no território conquistado ou perdido, desde novembro de 2022.
O Secretário da Defesa dos Estados Unidos disse em entrevistas que esperar a Ucrânia retornar as fronteiras de 2022 é irreal, deixando claro que o governo Trump defenderá a concessão de territórios à Rússia. O presidente ucraniano não comentou diretamente esta questão, mas sabe que militarmente, sem o substancial apoio norte-americano, não conseguirá mudar o desenho dos mapas. A posição de Donald Trump é aplaudida pela sua base, já que caminha em direção ao cumprimento de uma das maiores promessas de campanha do republicano. No outro lado do Atlântico, todavia, a postura já esperada, frustra os aliados.
Em um mundo composto mais por estados autoritários e ditaduras do que democracias, a busca pelo consenso é uma jornada árdua. A realidade geopolítica nascida pós Segunda Guerra Mundial se mostrou evoluída quando as nações começaram a não admitir tantas arbitrariedades em relação a conquista de territórios. As fronteiras internacionalmente conhecidas de um país, por mais que contestadas por determinados partidos políticos ou governos, deverá ser respeitada e não deverá violada e anexada sem provocação.
A escolha de Putin ao quebrar essa regra, não foi algo novo para sua doutrina de política externa, visto o destrinchamento do território georgiano já neste século. Contudo, ao invadir de maneira tão forte uma nação de mesma matriz cultural, abriu precedentes inimagináveis para outros déspotas tentarem fazer o mesmo no futuro, partindo das mesmas premissas de revisionismo histórico.
Esperar o bom senso e o respeito ao código de leis que rege o sistema internacional por parte de líderes autoritários, é utópico. Porém, quando democracias consolidadas dão o aval a manobras expansionistas, deixando de forma impune atos que quebram a harmonia das relações entre os países, a carta branca aos ditadores está concedida.
A maneira como Trump age nas últimas semanas, revela que sua linguagem e forma de governar não se adequa, em muitos setores, ao modo de se fazer diplomacia de uma democracia liberal. Seu apreço por Vladmir Putin e Xi Jinping, e o desprezo que trata os líderes ocidentais democraticamente eleitos, mostra que o seu senso de justiça talvez não seja o mais adequado para liderar negociações de paz.
A Realpolitik, a vida como ela é, e não como gostaríamos que fosse, faz com que todos esses preceitos teóricos e morais listados não valham de nada na hora de se costurar um acordo. A Ucrânia será redesenhada, a Europa ficará acuada novamente, não porque a postura dos russos tenha mudado, já que o ímpeto expansionista sempre existiu em Moscou, mas porque o principal aliado lhes virou as costas em um momento crucial.
Fonte: Noticias ao Minuto Read More