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Um protesto contra o projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 ocorreu neste domingo (30) na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato, organizado por entidades ligadas ao PT e ao PSOL, contou com discursos de lideranças políticas da esquerda, entre elas o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ). De acordo com o Monitor do Debate Político no Meio Digital, da USP, e a ONG More in Common, cerca de 6.600 pessoas participaram do ato no momento de pico, às 15h15. A contagem foi feita com imagens aéreas analisadas por um software de inteligência artificial.
Boulos criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por uma suposta tentativa de golpe de Estado, e afirmou que a base governista vai impedir a aprovação do projeto na Câmara. “O mundo gira e nós ainda vamos ter oportunidade de pegar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e levar a marmita da Cozinha Solidária para ele lá na Papuda”, disse, em referência a Bolsonaro.
Lindbergh classificou a semana como decisiva para a tramitação do projeto e afirmou que a base governista está unida para barrar a proposta. “Esta vai ser a semana em que nós vamos enterrar esse PL da Anistia. Só de votar estão cometendo um crime”, declarou. Também discursaram na manifestação os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), além dos deputados estaduais de São Paulo Antônio Donato (PT) e Ediane Maria (PSOL).
Os manifestantes iniciaram o protesto na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, e seguiram até a sede do antigo DOI-Codi, principal órgão de repressão política durante a ditadura militar. O ato também ocorreu em memória do golpe de 1964. Além de São Paulo, houve manifestações em outras sete capitais: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Belém (PA), São Luís (MA), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).
A proposta de anistia é de autoria do deputado federal Major Vitor Hugo (PL-GO) e prevê o perdão para “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” desde o dia 30 de outubro de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro esteve à frente de uma tentativa de golpe de Estado, e a eventual aprovação do projeto poderia beneficiá-lo. O Centrão ainda não definiu posição, enquanto PT e PL se mostram unificados contra e a favor da proposta, respectivamente.
O protesto em São Paulo foi alvo de críticas da oposição, que ironizou o número de participantes. O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que “o vazio de Boulos encheu a Paulista de vazio”, enquanto o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou uma foto do ato e escreveu: “Eu contei 44 pessoas, e vocês?”, seguido de “kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk” (onaatopeia que indica risadas).
Na sexta-feira (28), Boulos minimizou a diferença de público entre as manifestações da esquerda e a organizada por Bolsonaro no Rio de Janeiro em 16 de março, que reuniu 18.300 pessoas. “A questão não é o tamanho do público. Nós não podemos deixar as ruas para o bolsonarismo e ficar na defensiva nesta pauta da anistia”, afirmou o deputado.
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Jovem Pan Read More