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Israel matou um líder do grupo terrorista Hezbollah, nesta terça-feira (1º), em um bombardeio em um subúrbio de Beirute que deixou outros três mortos. Este é o segundo ataque à capital libanesa desde que o cessar-fogo começou, no final de novembro. O ataque ocorreu sem aviso por volta das 3h30 locais (21h30 de Brasília, segunda-feira) durante o feriado do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, celebrado por muçulmanos em todo o mundo.
O bombardeio — o segundo ataque israelense à capital do Líbano em menos de uma semana — deixou quatro mortos e sete feridos, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, denunciou uma “violação flagrante” do cessar-fogo, que entrou em vigor em 27 de novembro e encerrou mais de um ano de conflito entre Israel e o Hezbollah.
Israel e o Hezbollah relataram separadamente que o bombardeio teve como alvo Hasan Bdair. O movimento terrorista libanês disse que Bdair era o vice-diretor de Assuntos Palestinos. O Hezbollah é um aliado do grupo palestino Hamas, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou que Bdair “recentemente comandou agentes do Hamas e os auxiliou no planejamento de um ataque terrorista significativo e iminente contra civis israelenses”.
De acordo com uma fonte do Hezbollah, Bdair estava “em casa com sua família”. O movimento informou em um comunicado que um filho do líder também morreu no bombardeio e convocou seus membros a participarem do cortejo fúnebre. O presidente libanês, Joseph Aoun, condenou o ataque israelense e pediu que seus aliados o apoiassem na defesa da “plena soberania” do país. O parlamentar do Hezbollah, Ibrahim Musawi, afirmou que cabe ao governo “garantir a segurança dos libaneses”, e Ali Ammar, outro legislador do movimento terrorista islamista, alertou que a paciência do grupo tem “limites”.
Desde o início da trégua, os dois lados acusam-se de violar o cessar-fogo. Na sexta-feira, Israel bombardeou a periferia de Beirute em resposta aos lançamentos de foguetes em seu território. O Hezbollah negou os disparos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que Israel atacará o Líbano “contra qualquer ameaça”.
O Hezbollah abriu uma frente contra Israel no início da guerra na Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, alegando agir em apoio aos palestinos. As hostilidades, que evoluíram para uma guerra aberta em setembro de 2024, deixaram mais de 4.000 mortos no Líbano e forçaram mais de um milhão de pessoas a fugir.
Do lado israelense, o número de mortes subiu para 78, incluindo 48 soldados somados aos 56 mortos em uma ofensiva terrestre no Líbano em setembro, segundo números oficiais. Quase 60.000 moradores do norte de Israel foram deslocados, mas metade ainda não retornou para suas casas, segundo as autoridades.
Nos termos do acordo de cessar-fogo, apenas o Exército libanês e as forças de paz da ONU devem permanecer no sul do Líbano. O Hezbollah deve retirar-se ao norte do rio Litani, 30 quilômetros da fronteira com Israel, e desmobilizar sua infraestrutura militar no sul. No entanto, o Exército israelense mantém tropas em cinco posições consideradas estratégicas na região.
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More