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Após mais de 3 anos e 2 meses de guerra, a vida dentro da Ucrania foi normalizada em muitas regiões, apesar das sirenes diárias e do medo constante de não voltar para casa. O conflito que matou centenas de milhares de militares russos e ucranianos, também deixou seu trágico rastro de sangue na população civil de múltiplas cidades do Leste Europeu. Desde o princípio ataques a regiões civis foram frequentes, mas com baixa letalidade.
O bombardeio ocorrido em Sumy no último domingo, infelizmente ceifou muitas vidas inocentes. Até agora já são 35 pessoas mortas e mais de 110 feridas, muitas das quais continuam hospitalizadas em estado grave. A cidade de 250 mil habitantes e situada cerca de 25km da fronteira com a Rússia foi o alvo de uma tragédia em um feriado religioso. A população ucraniana, majoritariamente cristã ortodoxa, comemorava nas igrejas da cidade o Domingo de Ramos com suas famílias. Muitas dessas pessoas não voltariam para casa depois da missa.
As cenas de corpos deitados nas ruas do centro de Sumy causaram grande indignação por todo o mundo, principalmente aos aliados ucranianos. O Chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o ato dizendo que tal acontecimento evidencia a total falta de vontade dos russos em uma paz negociada. O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, chamou o bombardeio
de ato terrorista e pediu que a comunidade internacional intervenha para frear a máquina de guerra russa. O Kremlin diz que não ataca deliberadamente civis, mas que na localidade
do ataque em Sumy, havia uma base militar ucraniana, fato que até o momento não foi provado de maneira independente.
A postura letárgica dos Estados Unidos é o que mais chama atenção dos aliados ocidentais perante o ataque mais letal do ano. Washington DC mandou suas condolências às famílias
das vítimas e o presidente Donald Trump disse que a guerra precisa encontrar seu fim, todavia não perdeu a oportunidade para culpar o presidente ucraniano pela guerra, falando que "o presidente Zelensky e o (ex-presidente) Joe (Biden) torto fizeram um péssimo trabalho ao permitir esse absurdo começar. Havia tantas formas de prevenir que isso começasse. Mas isso foi no passado. Agora, a gente tem que fazer com que isso pare, e rápido. Tão triste”.
A diplomacia americana esteve presente em algumas ocasiões seja na Arábia Saudita, seja na Rússia para se encontrar com delegações diplomáticas e até mesmo o próprio presidente Putin, para assim escutar as demandas russas para o final da guerra. Todavia, aquilo apresentado até o momento se mostrou extremamente vago e insuficiente para evitar com que tragédias como a de Sumy não se repitissem. Trump disse que os russos se comprometeram a pausar os ataques nas redes de distribuição elétrica e no Mar Negro, mas desde então ataques mais severos e letais têm ocorrido em cidades grandes e em regiões centrais, normalmente mais densamente povoadas, onde grande parte das vítimas tem sido civis.
A Ucrânia também continua a conduzir operações em território russo, seja no oblast de Kursk, seja no oblast de Belgorod, o que demonstra, que apesar das tratativas iniciadas, ambos os exércitos continuam presentes nas trincheiras, nas águas e nos ares para dominar território e matar seus próprios irmãos. A postura dúbia em sugerir ideias grandiosas e executar nem mesmo o mínimo necessário por parte dos Estados Unidos, tem autorizado os russos a fazer o que bem quiserem, e colocado os ucranianos em paralisia em relação a como prosseguir sem metade de seu orçamento militar. O recrudescimento da guerra é um fato consumado e uma preocupação crescente para ucranianos, que ainda velam seus mortos, e para os europeus que correm atrás do rearmamento em tempo recorde.
Fonte: Noticias ao Minuto Read More