
Guitarrista do Radiohead cancela shows após ameaça de boicote de grupo pró-palestino
06/05/2025
Abusos sexuais na Igreja estão presentes na agenda do conclave após décadas de silêncio
06/05/2025
O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (6), atribuindo a ele e aos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) a responsabilidade pelo escândalo dos descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em entrevista coletiva em Fortaleza, Ciro defendeu o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi (PDT), que pediu demissão no último dia 2 após a operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União revelar fraudes bilionárias no INSS.
Segundo o ex-governador do Ceará, Lupi foi transformado em “fusível” para conter a crise. “Quem é o responsável político por essa questão? É o Temer, é o Bolsonaro e é o Lula. Transferir para auxiliares é tentativa de queima de fusível”, afirmou. Ciro, que foi ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula, classificou o governo atual como “organicamente corrupto” e criticou a substituição de Lupi pelo ex-secretário-executivo Wolney Queiroz. Para ele, Lula agiu para “fritar” Lupi e tentar isentar-se da responsabilidade. “O Lupi, até onde eu sei, é um homem sério, de vida simples. Não há culpa direta dele, apenas uma responsabilidade remota, que é política e cabe ao Lula”, declarou.
Ciro Gomes também defendeu o aprofundamento das investigações e cobrou punição aos responsáveis. “Isto é envergonhante para mim. Eu fico morto de vergonha e acho uma indignidade inexplicável”, disse. A entrevista aconteceu após uma reunião com a bancada da oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará. O pedetista apelou pela união das oposições no estado e declarou apoio à possível candidatura ao Senado do deputado estadual Alcides Fernandes (PL), reforçando sua estratégia de se distanciar do governo petista.
O PDT anunciou nesta terça-feira a saída da base governista na Câmara dos Deputados, adotando uma postura de independência e indicando que buscará alternativas para a eleição presidencial de 2026. Ciro, que foi derrotado nas disputas presidenciais de 2018 e 2022, reafirmou que não será candidato novamente, mas seguirá atuando politicamente.
Na ocasião, o ex-presidenciável também criticou a gestão estadual do PT no Ceará, apontando problemas nas áreas de economia, segurança e saúde, e fez duras acusações contra o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e seu próprio irmão, o senador Cid Gomes (PSB), a quem chamou de “cúmplice” da atual administração estadual.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More