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O cardeal americano Robert Prevost, de 69 anos, é o novo papa. Ele escolheu o nome Leão 14. O grupo de cardeais reunidos para o conclave na Capela Sistina escolheu nesta quinta-feira o 267º papa da história, que vai suceder Francisco à frente do Vaticano. Era necessário um mínimo de dois terços dos 133 votantes para a escolha do novo líder da Igreja Católica, que tem cerca de 1,4 bilhão de fiéis pelo mundo
O nome do cardeal Robert Prevost, de 69 anos, ganhou força no conclave que teve início nesta quarta-feira (7), para escolher o novo papa. Embora especialistas considerassem pouco provável – por questões geopolíticas – a eleição de um norte-americano para o comando da Igreja Católica, Prevost era visto como o candidato mais viável entre os dez cardeais da mesma nacionalidade, que estão entre os 133 eleitores a compor o conclave.
Seu perfil visto como equilibrado, com reputação por construir pontes entre conservadores e progressistas, pode vir a calhar em um momento em que a igreja se encontra dividida. Ao mesmo tempo, Prevost ganhou projeção global por ocupar um dos cargos mais influentes da Santa Sé: o de prefeito do Dicastério para os Bispos, que aconselha o papa sobre a nomeação de líderes da igreja, ao qual foi nomeado em 2023 pelo papa Francisco.
Essa visibilidade pode colocá-lo em vantagem em uma disputa na qual poucos eleitores se conhecem, devido ao grande número de novos cardeais, nomeados no último papado.
Do Peru ao Vaticano
Nascido em 1955 em Chicago, nos Estados Unidos, em uma família de origens europeias, Prevost também tem nacionalidade peruana por ter vivido por quase duas décadas no país andino, onde iniciou a carreira como missionário agostiniano e chegou a bispo. Apesar da proximidade do último papa, considerado progressista, ele tem formação em direito canônico pela Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, o que pode agradar setores da igreja que privilegiam uma abordagem centrada na teologia.
Além de prefeito dos bispos, Francisco também o nomeou presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, voltada ao estudo de questões referentes à vida e ao desenvolvimento da igreja na região. Segundo reportagem do jornal The New York Times, Prevost foi elogiado por ter apoiado imigrantes venezuelanos e visitado comunidades remotas no Peru.
Por outro lado, expressou no passado visões menos acolhedoras do que as do papa Francisco em relação a pessoas LGBTQIA+ e, como bispo em Chiclayo, no Peru, se opôs a um plano do governo local para incluir ensinamentos sobre gênero nas escolas. Foi também criticado por sua condução de casos em que padres foram acusados de abuso sexual. O jornal afirma que não teve sucesso em contactar o cardeal sobre as críticas. Prevost comentou sobre a responsabilidade dos bispos na luta contra os abusos na igreja em uma entrevista ao Vatican News, em 2023.
“Não podemos fechar o coração, a porta da Igreja, às pessoas que sofreram por abusos. A responsabilidade do bispo é grande e acho que ainda temos que fazer esforços consideráveis ??para responder a esta situação que causa tanta dor na Igreja”, disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More