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Clebson Ferreira de Paula Vieira, que atuou como analista de inteligência no Ministério da Justiça, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19), revelando suas suspeitas sobre pedidos do ex-ministro Anderson Torres. Segundo Vieira, essas ordens envolviam a identificação de municípios onde Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro obtiveram mais de 70% dos votos nas eleições de 2022. Ele também mencionou que guardou documentos relacionados a solicitações da ex-diretora de Inteligência, Marília Ferreira, para a investigação.
Durante seu depoimento, Vieira destacou que a equipe de Torres fez dois pedidos específicos: um para analisar as cidades com alta votação e outro sobre a distribuição do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele expressou preocupação com a natureza política dessas solicitações. “Era uma época complicada. Eu diria que havia um viés cognitivo político […] Tudo foi somando para um raciocínio que o que aconteceu no dia do segundo turno, eu já sabia que ia acontecer”, disse ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A PGR já havia denunciado que a PRF organizou blitze no segundo turno, o que poderia ter dificultado a votação de eleitores de Lula. Clebson Vieira disse que descobriu que os dados levantados por ele haviam sido usados de forma ilegal quando viu a movimentação da PRF no dia da eleição. “À época eu fiquei apavorado porque eu vi que uma habilidade técnica minha foi utilizada para uma tomada de decisão ilegal. Eu só me preparei para que no momento oportuno eu pudesse falar”, disse.
Adiel Pereira Alcântara, ex-diretor de inteligência da PRF, também se manifestou sobre as ordens recebidas, revelando desconforto em relação a uma reunião de um gabinete de crise criado no órgão para acompanhamento das eleições. “O diretor pediu um apoio ao diretor de inteligência sobre ônibus e vans com origem nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro com destino ao Nordeste. […] Eu perguntei do porquê apenas aqueles estados e aquele destino. Eu não me convenci e demonstrei que achei estranha a ordem”, disse Adiel.
O STF deu início nesta segunda-feira (19) à fase de depoimentos no processo que investiga o núcleo central da tentativa de golpe de 2022, que inclui o ex-presidente Bolsonaro e outros réus acusados de organização criminosa armada. As audiências serão transmitidas ao público, mas a imprensa não terá permissão para gravar. O objetivo é acelerar o processo para evitar que haja interferências no calendário eleitoral de 2026.
A denúncia contra Bolsonaro foi aceita por unanimidade, com cinco votos a zero, e ele já enfrenta uma condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a ataques ao sistema eleitoral, o que o torna inelegível até 2030.
Publicado por Nátaly Tenório
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More