
Saiba quais são as consequências e os próximos passos após impeachment de Augusto Melo ser aprovado no Corinthians
27/05/2025
Polícia Civil do RJ investiga fraudes de R$ 900 milhões no bilhete único intermunicipal
27/05/2025
O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Djairlon Henrique Moura, negou nesta terça-feira (27) que tenha havido direcionamento político nas operações de fiscalização realizadas durante o segundo turno das eleições de 2022. Em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal), ele afirmou que a atuação da PRF teve como objetivo investigar possíveis crimes eleitorais, como transporte irregular de eleitores e dinheiro. Moura depôs como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo o delegado, a operação foi solicitada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, em reunião anterior ao pleito. O foco seria a fiscalização de ônibus que saíam de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro com destino ao Nordeste. “O objetivo era coibir o transporte irregular de passageiros e recursos financeiros que já estavam sendo investigados pela Polícia Federal. Em mais de 60% dos veículos abordados, a fiscalização durou menos de 15 minutos”, afirmou Moura. Ele negou qualquer intenção de dificultar o acesso de eleitores às urnas.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, questionou contradições nas declarações do ex-diretor. Moura respondeu que não participou da reunião na qual se teria solicitado apoio específico ao Nordeste, mas confirmou que a operação foi discutida com o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa integrantes da PRF de tentar interferir no deslocamento de eleitores durante o segundo turno. Moura é um dos indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de dificultar o transporte de eleitores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outro depoente nesta terça-feira foi Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Ele afirmou ter enviado alertas, entre os dias 2 e 8 de janeiro de 2023, sobre uma movimentação atípica de pessoas chegando a Brasília com discursos extremistas e intenção de invadir prédios públicos. Os alertas, segundo ele, foram direcionados ao governo de transição e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Os depoimentos fazem parte da fase de oitivas de testemunhas indicadas pela defesa de Anderson Torres. Ao todo, 25 testemunhas devem ser ouvidas ao longo da semana pela Primeira Turma do STF. A ação penal é desdobramento da denúncia da PGR apresentada em março de 2024, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu então vice na chapa, Walter Braga Netto, e outras 32 pessoas. A acusação aponta tentativa coordenada de impedir a posse de Lula, com divisão dos envolvidos em núcleos civis e militares.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More