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O grupo terrorista palestino Hamas afirmou neste sábado (31) ter enviado uma resposta formal à proposta de trégua apresentada pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza. No entanto, o enviado americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, classificou a resposta como “inaceitável” e acusou o Hamas de atrasar as negociações. “O Hamas deveria aceitar a proposta marco que apresentamos como base para os próximos diálogos, que poderiam começar já na próxima semana”, escreveu Witkoff na rede X.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez coro com o enviado americano e acusou o grupo palestino de manter uma postura de rejeição. Segundo uma fonte próxima às negociações, o Hamas enviou sua resposta por escrito aos mediadores, destacando uma posição positiva, mas condicionada à garantia de cessar-fogo permanente e à retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza.
No comunicado divulgado neste sábado, o Hamas afirma que está disposto a libertar dez reféns vivos capturados em 7 de outubro de 2023 e entregar os corpos de 18 vítimas, em troca da libertação de um número acordado de prisioneiros palestinos. A proposta americana, segundo fontes ligadas às negociações, prevê uma trégua de 60 dias — prorrogável por mais dez — e trocas sucessivas de reféns e prisioneiros. Na primeira fase, o Hamas entregaria cinco reféns vivos e os corpos de nove mortos. Na segunda semana, uma nova troca com o mesmo número seria realizada.
O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra, matou 1.218 pessoas em Israel, a maioria civis. De acordo com autoridades israelenses, 251 pessoas foram sequestradas naquele dia. Atualmente, 57 seguem em cativeiro, sendo que ao menos 34 estariam mortas. Desde então, a ofensiva militar israelense causou a morte de mais de 54 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas — número considerado confiável pela ONU.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou nesta semana que o Hamas precisa aceitar a proposta dos EUA ou enfrentará “aniquilação”. O grupo terrorista islâmico, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, reforçou em sua declaração que seu objetivo é obter um cessar-fogo definitivo, a retirada das tropas israelenses e a ampliação da ajuda humanitária à população.
A crise humanitária no território se agrava. Na sexta-feira (30), o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários (OCHA) classificou Gaza como “o lugar com mais fome do mundo”, afirmando que toda a população está em risco de fome extrema. Apesar de os Estados Unidos terem dito que Israel aceitou a proposta, o governo israelense ainda não confirmou isso publicamente. Neste sábado, o exército de Israel afirmou que projéteis lançados de Gaza atingiram áreas despovoadas. A ofensiva militar segue com o objetivo de tomar controle de toda a Faixa de Gaza, eliminar o Hamas e libertar os últimos reféns em poder do grupo.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More