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Mais do que se reunir na Arena Corinthians para assistir ao jogo de Brasil e Japão, na sexta-feira (30), parte das pessoas que estiveram no estádio prestigiaram o primeiro B2B (business to business) da Arena Corinthians para falar sobre ‘Sustentabilidade em Campo’, ou seja, sustentabilidade e futebol, assuntos que podem parecer temas distintos, mas, na verdade, estão interligados. Realizado no Camarote SCCP, o evento teve como objetivo falar para além da modalidade, do esporte e mulheres no campo, também provocou o mercado a pensar no esporte como um todo e falar sobre sustentabilidade, que vai além do ESG – Environmental, Social, and Governance (Ambiental, Social e Governança) -, pois engloba a forma como a gente olha para gestão, para o futuro e como temos visão de tudo que permeia o esporte, um importante meio para mobilizar a sociedade.
Sustentabilidade e Futebol Feminino:
“Hoje a gente veio falar sobre transformações e como podemos pensar nessas transformações por meio do esporte, porque estamos falando de economia e práticas sustentáveis. Nós como agência de comunicação temos o propósito de provocar o mercado para fazermos algo diferente do que já tem sido feito”, disse Bianca Venturotti, estrategista de marketing. O ‘Match Day – Sustentabilidade em campo Experience”, como foi denominado, foi um evento interativo com conversas e comidas e bebidas. Ao todo, foram dois Talks realizadas. O
primeiro: ‘Futebol, engajamento feminino e sustentabilidade: elementos para impulsionar o Brasil na nova era da economia global’, que contou com a participação da ex-jogadora Milene Domingues, a jornalista Suleima Sena, que fundou o ‘Donas FC’, uma plataforma destinada ao futebol feminino, Bianca Venturotti e a treinadora Sandra Santos.

‘Futebol, engajamento feminino e sustentabilidade: elementos para impulsionar o Brasil na nova era da economia global’│Foto: Jonas Ponzetto
Já a segunda roda de conversa, que falou sobre o futebol com práticas sustentáveis para atração de investimento, reuniu Patrícia Costa, apresentadora e colunista da Jovem Pan, que faz o quadro JP Sustentável e é especializada em ESG e Sustentabilidade Corporativa, Flávia Arantes do Nascimento, filha de Pelé e embaixadora do Sustentabilidade em Campo, a apresentadora Paty Miyahira, Cleiton Carvalho, vice-presidente do Mover Futebol, um movimento de equidade racial no futebol, e Carol Paiffer, CEO do Atom Educacional e fundadora do Dinastia Aceleradora.
“O que chama atenção de uma empresa é se aquele projeto faz bem porque toda empresa quer resultado, pode se rum resultado simples, como, aquela menina saiu de uma comunidade, teve acesso a uma escola teve acesso a uma educação, ela transformou a vida dela”, explica Paiffer. “Se você não conseguir mostrar esse resultado, você vai ser mais um projeto como todos os outros e aí que eu acho que é um grande erro de todos os projetos. Hoje estamos vivendo um momento em que as pessoas antederão o onde precisam mais focar e que não é fazer por fazer, e fazer bem feito”, acrescenta.
Dois desses projetos que merecem ser mencionados são o ‘Donas FC’ e ‘Mover Futebol’, que trabalham em prol do futebol feminino e da projeção de negros em cargo de liderança, respectivamente. “Faltam plataformas que falem da história das mulheres. Estou há 25 anos no futebol, e eu cobria muito o masculino e quando eu saí, decidi fundar o Donas FC e dar visibilidade para o futebol feminino”, conta Suleima.”Eu queria mostrar que dá mesma forma que podemos contar uma história maravilhosa desses jogadores que muitas vezes não são exemplares fora do gramado, tem mulheres fantásticas, que, garanto para vocês, se começarem a consumir a história delas, não só as que estão na seleção, mas associar sua marca a essas atletas, todo mundo sai ganhando”, acrescenta.

‘Futebol com práticas sustentáveis para atração de investimento’│Foto: Jonas Ponzetto
Cleiton Caravalho tem objetivo semelhante com o Mover Futebol. “O Mover é uma plataforma que conecta pessoas negras, as capacitam e impulsionamos para chegarem a cargos de liderança. Não existe nenhum outro movimento no Brasil que faça isso. Uma das nossas iniciativas é criar um plano de talento para pessoas negras”, disse.
Essas práticas sustentáveis também podem ser associadas a forma como o futebol feminino é consumido e tratado, pois está relacionado com o lado cultural da sociedade. “É uma questão cultural. No ano que vem tem Copa do Mundo Masculina, então os olhos estão voltados para isso. A gente precisa trabalhar nos bastidores e falar sobre a Copa Feminina aqui no Brasil porque não está tão esclarecido para quem não é do mundo do futebol feminino”, fala Milene Domingues. “Isso já é um alerta para gente saber que precisamos trabalhar bastante, mas eu sou otimista. Eu sei que foi anos parecem poucos, mas a gente vai conseguir e, se Deus quiser, vai ser a melhor a Copa do Mundo já vista nesse planeta”, acrescenta.
Fonte: Jovem Pan Read More