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10/06/2025O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, prestou depoimento nesta terça-feira (10) ao STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da ação penal que apura a suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o interrogatório, o general reconheceu que usou “palavras inadequadas” ao se referir ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em declarações feitas no período pós-eleitoral.“Reconheço que usei expressões fortes ao tratar do trabalho do TSE. Foram palavras inadequadas, num momento de tensão institucional”, afirmou o ex-ministro da Defesa, indicado por Jair Bolsonaro em 2021.
Nogueira é o sétimo réu a depor na ação. Já foram ouvidos Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro — apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder do “núcleo crucial” do suposto plano para impedir a posse de Lula e manter-se no poder.
Bolsonaro pede desculpas a Moraes e diz que se policia no vocabulário
Mais cedo, durante seu depoimento, Bolsonaro surpreendeu ao pedir desculpas públicas ao ministro Alexandre de Moraes e aos colegas de Supremo por críticas feitas durante uma reunião ministerial em julho de 2022, cujo conteúdo veio à tona nas investigações.“Era uma reunião que não deveria ter sido gravada. Peço desculpas. Não houve intenção de acusar ninguém de desvio de conduta”, afirmou Bolsonaro. Ele ainda disse que está tentando “se policiar” em relação ao seu linguajar: “Sempre carreguei no vocabulário, estou tentando melhorar. Sei que com 70 anos é difícil mudar, mas reconheço os excessos”.
Apesar disso, o ex-presidente reafirmou que sempre agiu dentro da legalidade: “Nunca descumpri uma decisão judicial. Nunca saí das quatro linhas da Constituição”.
Entenda o caso
Os depoimentos ocorrem no curso da ação penal que investiga uma tentativa coordenada de golpe de Estado, que teria sido articulada entre setores do governo Bolsonaro e integrantes das Forças Armadas. A denúncia da PGR inclui crimes como: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; organização criminosa; dano qualificado; deterioração de patrimônio tombado.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo planejava impedir a posse de Lula por meio de decretos de exceção, prisão de autoridades e até a anulação do resultado das eleições.
O último a ser ouvido será o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Os interrogatórios devem ser concluídos até sexta-feira (13). A expectativa é de que o julgamento ocorra ainda neste segundo semestre. Se condenados, os réus podem pegar penas superiores a 30 anos de prisão.
Fonte: Jovem Pan Read More