
Bayern goleia Auckland City por 10 a 0 na estreia do Mundial de Clubes
15/06/2025
Congresso analisará vetos de Lula e pode avançar com CPMI do INSS na próxima terça
15/06/2025
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (15) que o Exército israelense destruiu a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã, localizada em Natanz. Segundo Netanyahu, a ação teve como objetivo impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que ele classificou como uma ameaça global. O ataque também teria matado o chefe da inteligência iraniana, Mohammad Kazemi.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou na sexta-feira que parte da instalação em Natanz, considerada estratégica para o programa nuclear iraniano, foi de fato danificada pelos bombardeios israelenses. Israel também afirmou ter desmantelado uma usina de conversão de urânio em Isfahan.
A nova fase do confronto entre os dois países começou na sexta-feira (13), com uma ofensiva aérea de grande escala por parte de Israel. Trata-se do episódio mais intenso de conflito direto entre os dois países após décadas de hostilidades indiretas. Desde então, Israel tem lançado ataques a alvos estratégicos em território iraniano, incluindo instalações militares, depósitos de combustível, centros de pesquisa e até mesmo o Ministério da Defesa. Neste domingo, um avião de reabastecimento iraniano foi destruído no aeroporto de Mashhad, no leste do país.
O governo iraniano confirmou ao menos 128 mortos e cerca de 900 feridos nos ataques, incluindo mulheres e crianças, segundo o jornal Etemad, citando o Ministério da Saúde. Em Teerã, explosões atingiram áreas próximas ao Ministério das Comunicações e um prédio residencial, onde, segundo a TV estatal, cinco pessoas morreram. Mesquitas, escolas e estações de metrô foram designadas como abrigos para a população.
Em resposta, o Irã lançou mísseis contra cidades israelenses, fazendo soar sirenes de alerta em Jerusalém e outras regiões. Em Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, vários edifícios residenciais foram atingidos, deixando ao menos 13 mortos e mais de 380 feridos desde o início do confronto, de acordo com autoridades locais. Civis relataram momentos de pânico e destruição. “Não sobrou nada, não há casa, acabou”, disse uma moradora da cidade.
O Exército israelense declarou que a maioria dos mísseis e drones iranianos foi interceptada, com ajuda dos Estados Unidos. Ainda assim, Netanyahu prometeu retaliar com força. “O Irã pagará um preço alto pelo assassinato premeditado de civis, mulheres e crianças”, afirmou em visita à cidade atingida. Entre as baixas confirmadas pelo Irã estão figuras de alto escalão, como o comandante da Guarda Revolucionária, Hosein Salami, o chefe do Estado-Maior do Exército, Mohamed Baqeri, e nove cientistas ligados ao programa nuclear.
O Irã acusa Israel de tentar inviabilizar as negociações nucleares indiretas com os Estados Unidos, retomadas em abril. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, afirmou ter “evidências sólidas” de que forças e bases americanas participaram dos ataques. Já o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou neste domingo que seu país “não está envolvido neste momento”, mas admitiu que uma participação direta “é possível” caso a escalada continue.
Segundo a imprensa local, há forte movimentação de moradores deixando Teerã, com aumento do tráfego nas saídas da cidade. Israel tem alertado os civis a deixarem áreas próximas a instalações militares no Irã, indicando a possibilidade de novas ofensivas nos próximos dias.
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More