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Após a Polícia Federal (PF) concluir o indiciamento de mais de 30 pessoas no inquérito que investiga o suposto uso da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para espionagem política, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a se defender publicamente e classificou-se como o “mais perseguido” do país. “Eu duvido [alguém apontar] quem no Brasil foi mais perseguido do que eu. Mas vale a pena. Nós temos que enfrentar os desafios, nós mexemos com o sistema. Um sistema podre, carcomido. Mostramos a vocês o que é o Brasil”, declarou Bolsonaro durante evento realizado nesta terça-feira (17), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
O encontro contou com a presença do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab. A investigação da Polícia Federal aponta que aliados do ex-presidente teriam utilizado a estrutura da Abin para monitorar ilegalmente adversários políticos e autoridades de diferentes esferas de poder.
O relatório final da PF foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e acusa mais de 30 de participação no esquema. Bolsonaro, no entanto, não foi incluído entre os indiciados nesta etapa da investigação porque já responde a acusações semelhantes na ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado. Entre os não indiciados também estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin; o policial federal Marcelo Araújo Bormevet; e o subtenente do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues. Todos são réus no STF por suposta participação em organização criminosa ligada ao planejamento do golpe de Estado.
Comparações com o governo Lula
Durante o discurso, Bolsonaro também comparou nomes de seu governo com integrantes da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Dá para comparar Paulo Guedes com [Fernando] Haddad? Renan Filho com Tarcísio? Dá para comparar [a primeira-dama] Janja com a Michelle [Bolsonaro]?”, ironizou o ex-presidente, arrancando aplausos de apoiadores presentes no evento.
Detalhes da investigação
O inquérito da PF indica que a estrutura da Abin foi aparelhada para realizar monitoramentos ilegais com motivações políticas e pessoais. Segundo os investigadores, o esquema teria funcionado entre 2019 e 2023, com pico de acessos em 2020, durante as eleições municipais. O software utilizado na operação, conhecido como First Mile, foi alvo da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023. Posteriormente, em janeiro de 2024, a PF realizou a Operação Vigilância Aproximada, que teve como alvos endereços ligados a Alexandre Ramagem.
A Polícia Federal também apura se houve tentativa de ocultação das provas envolvendo gestões anteriores e a atual direção da Abin. Segundo o inquérito, teria havido um “conluio” para impedir que os monitoramentos ilegais viessem a público. O caso segue em análise no Supremo Tribunal Federal e deve ter novos desdobramentos nas próximas semanas.
Fonte: Jovem Pan Read More