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O ataque dos Estados Unidos contra o Irã, na noite de sábado (21), gerou uma série de manifestações de líderes mundiais. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi um dos primeiros a se posicionarem, parabenizando e elogiando Donald Trump pela ação. Em vídeo publicado na rede social X, Netanyahu destacou que os EUA realizaram o que “nenhum outro país no mundo pôde fazer” ao atacar os centros nucleares do Irã com “poder impressionante e justo”, e disse que o ataque vai mudar a história do Oriente Médio. O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, disse estar “profundamente alarmado” com os ataques realizados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares no Irã. Para ele, a ofensiva representa uma “escalada perigosa” em uma região já marcada por instabilidade e constitui uma “ameaça direta à paz e à segurança internacionais”. A declaração foi publicada na rede social X e reforçada em nota oficial da ONU.
Da parte do Irã, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, disse que os Estados Unidos e Israel traíram a democracia, e que Trump cruzou a linha vermelha com o ataque as instalações nucleares. “Os acontecimentos desta manhã são escandalosos e terão consequências eternas”, escreveu Araqchi, enfatizando que o Irã vai se defender “por todos os meios necessários”. A Guarda Revolucionária, exército ideológico da República Islâmica, ameaçou os Estados Unidos com “represálias que vão lamentar”. A Agência de Energia Atômica iraniana, por sua vez, denunciou o ataque como “um ato bárbaro que viola o direito internacional” e disse que, “apesar das malvadas conspirações de seus inimigos”, o Irã “não deixará que o caminho do desenvolvimento desta indústria nacional (nuclear), que é o resultado do sangue de mártires nucleares, seja detido”. O papa Leão XIV declarou que “a humanidade apela por paz diante das notícias alarmantes vindas do Oriente Médio”.
Confira as principais reações internacionais
União Europeia
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, instou “todas as partes a recuarem, a voltarem à mesa de negociações e evitarem qualquer escalada adicional”, em mensagem publicada no X. Ela acrescentou que o Irã não deve desenvolver armas nucleares e que os ministros das Relações Exteriores da UE debaterão a situação na segunda-feira.
Rússia
A Rússia condenou firmemente os bombardeios americanos, os quais tachou de “irresponsáveis”, contra seu principal aliado no Oriente Médio. “A decisão irresponsável de realizar ataques com mísseis e bombas no território de um Estado soberano, qualquer que seja o argumento apresentado, viola flagrantemente o direito internacional”, declarou a diplomacia russa.
China
O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou, neste domingo, que “condena firmemente” os bombardeios dos Estados Unidos e afirmou que contribuem para uma “escalada das tensões no Oriente Médio”. “A China chama todas as partes em conflito, especialmente Israel, a um cessar-fogo o quanto antes”, informou a chancelaria.
Reino Unido
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu ao Irã que “volte à mesa de negociações”. “Nunca se pode permitir ao Irã desenvolver uma arma nuclear e os Estados Unidos tomaram medidas para mitigar esta ameaça”, escreveu Starmer no X, destacando que “a estabilidade na região é uma prioridade”.
Alemanha
O chefe do governo alemão, Friedrich Merz, “reiterou seu apelo para que o Irã inicie imediatamente negociações com os Estados Unidos e Israel a fim de alcançar uma solução diplomática para o conflito”.
França
O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou neste domingo com seu contraparte iraniano, Masoud Pezeshkian, e o instou a retomar os “diálogos diplomáticos” e pediu “a desescalada” do conflito, informou o Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa.
Espanha
“Chamamos todas as partes à desescalada. Não é a solução militar que vai trazer paz e estabilidade ao Oriente Médio, mas a diplomacia e, portanto, nós esperamos que todos voltem à mesa de negociação”, assinalou o ministro espanhol de Assuntos Exteriores, José Manuel Albares.
Arábia Saudita
A Arábia Saudita “acompanha com grande preocupação os acontecimentos na República Islâmica do Irã, com o ataque às instalações nucleares iranianas por parte dos Estados Unidos”, afirmou o ministério das Relações Exteriores saudita.
Omã
Omã, que atua como mediador entre os Estados Unidos nos diálogos sobre o programa nuclear iraniano, condenou “esta agressão ilegal” e pediu “uma desescalada imediata”, afirmou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores omani.
Iraque
O governo iraquiano condenou os ataques americanos, qualificando-os de “escalada militar” que “ameaça a segurança e a paz no Oriente Médio” e “põe gravemente em perigo a estabilidade regional”.
Paquistão
O Paquistão, única potência nuclear do mundo muçulmano e aliado dos Estados Unidos, condenou os bombardeios americanos. “Reiteramos que estes ataques violam todas as normas do direito internacional e que o Irã tem o direito legítimo de se defender em virtude da Carta das Nações Unidas”, declarou a Chancelaria.
Rebeldes houthis
Os rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã, consideraram os ataques americanos “uma declaração de guerra” contra o povo iraniano e afirmaram que estão prontos “para atacar os navios americanos no mar Vermelho”.
Hamas
“Condenamos esta agressão criminosa”, escreveu no Telegram o movimento islamista palestino Hamas, aliado do Irã e imerso há 20 meses em uma guerra com Israel na Faixa de Gaza. “Nós a consideramos um exemplo flagrante da política de imposição da hegemonia pela força, uma agressão baseada na lei da selva e uma violação de todas as normas e convenções internacionais”, acrescentou.
*Com informações da AFP
Fonte: Noticias ao Minuto Read More