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O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta quinta-feira (25) contra a responsabilização automática de redes sociais por publicações feitas por usuários. Em seu voto, Fachin também defendeu que a remoção de conteúdo das plataformas digitais continue dependendo de ordem judicial, como estabelece o Marco Civil da Internet. “A defesa dos direitos fundamentais deve caminhar ao lado da liberdade de expressão. Os remédios para os desafios do ambiente digital devem ser encontrados dentro da caixa de ferramentas da própria democracia, com soluções estruturais a cargo do Legislativo”, declarou o ministro.
Apesar da posição de Fachin, já há maioria formada no STF a favor da responsabilização das plataformas por conteúdo publicado por terceiros. Votaram nesse sentido os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O ministro André Mendonça também divergiu da maioria, alinhando-se a Fachin.
A decisão final ainda depende da consolidação dos votos. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, já sinalizou que pretende propor uma reunião de consenso para fixar diretrizes claras sobre como e quando as plataformas poderão ser responsabilizadas.
O que está em julgamento
A Suprema Corte analisa dois recursos que discutem a validade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, em vigor desde 2014. Esse dispositivo determina que as redes sociais e provedores só podem ser responsabilizados civilmente por conteúdos de terceiros caso não cumpram ordem judicial para remoção. A norma é considerada um dos pilares da legislação digital brasileira, ao proteger a liberdade de expressão e evitar a censura prévia. No entanto, vem sendo criticada por dificultar a retirada rápida de conteúdos considerados ilícitos, como discursos de ódio, fake news ou incitação à violência.
O julgamento no STF é considerado um marco para o futuro da regulação das plataformas digitais no Brasil e pode impactar diretamente o funcionamento das redes sociais e a proteção dos usuários.
Fonte: Jovem Pan Read More