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O presidente da França, Emmanuel Macron, comemorou nesta quarta-feira (25) o compromisso dos países da Otan de aumentar seus gastos com defesa para até 5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2035, mas destacou que é uma “aberração” travar uma guerra comercial entre aliados. “Este compromisso europeu impõe de forma evidente a paz comercial. Não podemos dizer entre aliados ‘vamos gastar mais’ e dentro da Otan fazer guerra comercial. É uma aberração”, afirmou em declarações à imprensa após a cúpula do órgão realizada em Haia, na Holanda. Embora não o tenha mencionado diretamente, era uma clara alusão às políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem indiretamente pediu que reduzisse as tarifas que aumentou desde que chegou novamente à Casa Branca.
“É muito importante que possamos voltar ao que deveria ser a regra entre aliados, ou seja, uma verdadeira paz comercial e, portanto, reduzir todas as tarifas existentes e que foram reforçadas”, declarou. Questionado se havia comunicado essa posição a Trump, Macron disse que não teve a oportunidade de falar pessoalmente com ele durante a cúpula (que aconteceu em um formato breve), mas que deixou isso claro publicamente durante a reunião, como outros líderes na cúpula, como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Em relação ao acordo para aumentar os gastos com defesa, em particular no que diz respeito aos europeus, Macron enfatizou que considera essa uma medida necessária para “depender menos dos outros” e ressaltou que, para a França – obrigada a fazer cortes orçamentários para reduzir seu elevado déficit nos próximos anos -, não será um esforço tão grande, pois vem aumentando esses gastos desde 2018.
Reforçar o pilar europeu dentro da Otan significará preparar-se para fazer “exercícios em comum”, mas também produzir seu próprio armamento, disse Macron, e “não apenas comprar de outros”, já que o investimento em defesa deve ter um “retorno” para cada economia na forma de emprego e crescimento. Aumentar o investimento em defesa não é uma questão de escalada, argumentou, mas é necessário para compensar o “atraso” em relação às capacidades de Moscou, já que a Rússia é a maior “ameaça” contra as fronteiras europeias.
Sobre a guerra na Ucrânia, Macron adiantou que em julho haverá uma nova reunião, semelhante à realizada em fevereiro, entre países europeus e aliados como o Canadá, para avaliar a forma como podem garantir a segurança de Kiev diante de um potencial cessar-fogo, especialmente através do envio de forças para o campo de batalha.
*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Noticias ao Minuto Read More