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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva de três homens condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, ocorrida em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal.
A decisão foi assinada na terça-feira (24) e atinge George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza. A medida estabelece que os três acusados permanecerão presos por tempo indeterminado, até que o STF julgue os novos processos em tramitação contra eles. Moraes também determinou que os réus passem por audiência de custódia nos próximos dias.
Conexão com atos de 8 de Janeiro
Segundo o despacho, Moraes entendeu que a tentativa de atentado possui conexão direta com a suposta trama golpista que resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os três acusados integram um grupo que atuava com o objetivo de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A PGR denunciou o trio ao STF por associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte aéreo. “Os meios eleitos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva com recado persuasivo. Firmadas essas premissas, há necessidade de acautelar a ordem pública”, justificou Moraes na decisão.
Condenações anteriores
Todos os três envolvidos já haviam sido condenados pela Justiça do Distrito Federal no ano passado. O empresário George Washington de Oliveira recebeu pena de nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de explosão, posse ilegal de arma de fogo e tentativa de incêndio. Alan Diego dos Santos foi condenado a cinco anos e quatro meses, e Wellington Macedo, a seis anos de prisão, acusado de expor a integridade física da população com uso de explosivos.
Até a nova decisão, eles cumpriam suas penas em regime semiaberto. A nova ordem de prisão preventiva reverte essa condição e amplia os efeitos das acusações agora em trâmite no STF.
Relembre o caso
A tentativa de atentado ocorreu quando um caminhão carregado com combustível foi alvo de um artefato explosivo, deixado próximo ao aeroporto da capital federal. A bomba não chegou a explodir por completo, mas gerou temor em plena véspera do Natal e mobilizou forças de segurança.
O caso foi um dos primeiros episódios associados à escalada de violência de grupos extremistas inconformados com o resultado das eleições de 2022, que culminariam nos ataques de 8 de janeiro do ano seguinte. Com a decisão de Moraes, os acusados agora devem responder não apenas pelas penas já aplicadas, mas também pelos desdobramentos criminais relacionados ao que a Justiça já trata como tentativa de golpe de Estado.
Fonte: Jovem Pan Read More