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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta segunda-feira (30), um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste antes do prazo final das alegações no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado. O motivo é a existência de um perfil no Instagram, atribuído ao tenente-coronel Mauro Cid, que supostamente teria sido utilizado para se comunicar clandestinamente sobre sua delação premiada.
O perfil em questão, identificado como @gabrielar702, seria da esposa de Cid, Gabriela Cid. No entanto, de acordo com informações prestadas por empresas como Meta e Google, o endereço de e-mail vinculado à conta — maurocid@gmail.com — foi criado em 3 de janeiro de 2005, utilizando a mesma data de nascimento do militar: 17 de maio de 1979. A conta no Instagram teria sido criada em 19 de janeiro de 2024, meses após a homologação da colaboração premiada de Cid.
Para o advogado Celso Sanchez Vilardi, que representa Bolsonaro, os dados confirmam que o próprio Mauro Cid seria o responsável pela criação e operação do perfil. Caso a suspeita se confirme, o uso indevido da conta poderia comprometer os benefícios obtidos com o acordo de delação, já que Cid está proibido judicialmente de utilizar redes sociais.
“Mostra-se essencial trazer ao presente feito os documentos produzidos em paralelo, pois relacionam-se diretamente com os fatos aqui apurados”, argumenta Vilardi. Ele solicitou formalmente a juntada das informações aos autos e a notificação da PGR para que se posicione antes da apresentação das alegações finais.
A movimentação ocorre enquanto o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, estabeleceu prazo de 15 dias para que a PGR apresente seu parecer. A Procuradoria poderá pedir a condenação ou absolvição dos sete réus do chamado núcleo 1, o grupo considerado central na suposta articulação do golpe. Entre eles estão Bolsonaro e o próprio Cid. Outro réu no processo, o ex-assessor Marcelo Câmara, também apresentou ao STF prints e áudios que teriam sido trocados com Cid por meio do perfil investigado.
Em mensagens, Cid colocaria em dúvida os próprios depoimentos prestados à Justiça. A defesa do militar nega veementemente o uso da conta e afirma que ele não tem conhecimento da sua existência, embora reconheça a semelhança entre o nome do perfil e o de sua esposa. O caso adiciona mais um elemento de tensão em um processo que se aproxima de momentos decisivos, com possível impacto nas delações e nas estratégias jurídicas dos principais acusados.
Fonte: Jovem Pan Read More