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Israel e o Hamas trocaram acusações neste sábado (12) sobre a responsabilidade pelo impasse nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Enquanto isso, mais de 20 palestinos morreram em ataques israelenses, segundo a Defesa Civil local. As conversas, mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos, ocorrem em Doha desde o último domingo (6). O objetivo é chegar a um acordo de trégua de 60 dias no conflito iniciado com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Nesse cenário, dez reféns israelenses ainda em poder do grupo palestino seriam libertados.
Uma fonte palestina afirmou que as negociações enfrentam “obstáculos complexos”, principalmente devido à recusa de Israel em se retirar completamente da Faixa de Gaza. Segundo essa fonte, Israel insiste em manter suas forças em mais de 40% do território, onde vivem mais de 2 milhões de pessoas afetadas por quase dois anos de guerra.
Do lado israelense, um dirigente acusou o Hamas de se recusar a fazer concessões e de adotar uma “guerra psicológica” para sabotar o processo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reiterou que o objetivo da ofensiva é libertar reféns, destruir a infraestrutura do Hamas e remover o grupo do controle de Gaza. Apesar do impasse, houve algum avanço em pontos como a troca de reféns por prisioneiros palestinos e a ampliação da ajuda humanitária.
Em comunicado conjunto, sete agências da ONU alertaram neste sábado para a escassez crítica de combustível na Faixa de Gaza. Segundo o texto, a situação pode representar “uma nova carga insuportável para uma população à beira da fome”. Entre os mortos nos ataques israelenses deste sábado estão um homem, sua esposa e seu filho, atingidos durante a noite em um campo de deslocados em Deir al-Balah, no centro do território.
O Exército israelense afirmou ter bombardeado cerca de 250 “alvos terroristas” nas últimas 48 horas. Devido às restrições de acesso e à presença limitada de jornalistas no local, as informações não podem ser verificadas de forma independente.
Segundo dados oficiais compilados, o ataque do Hamas em outubro de 2023 deixou 1.219 israelenses mortos, a maioria civis. Já as operações de retaliação israelenses resultaram em pelo menos 57.882 mortes de palestinos, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU.
Netanyahu disse estar disposto a negociar um cessar-fogo permanente, mas impõe como condição o desarmamento do Hamas e a renúncia do grupo ao controle de Gaza, que ocupa desde 2007. Já o Hamas exige a retirada total das forças israelenses de todas as áreas ocupadas após 2 de março de 2025. O impasse mantém o cenário de violência e agrava a crise humanitária no enclave palestino.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More