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A Síria condenou, nesta terça-feira (15), os bombardeios israelenses na província de Sweida, no sul do país, para onde as forças governamentais foram mobilizadas após confrontos entre combatentes drusos e beduínos, que deixaram 100 mortos. A Síria “condena nos termos mais enérgicos a traiçoeira agressão israelense realizada hoje por meio de ataques coordenados de drones e bombardeios aéreos militares”, que mataram “membros das nossas forças armadas” e “vários civis inocentes”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado. Damasco “considera Israel totalmente responsável por esta agressão e suas consequências”, acrescentou, ressaltando “o legítimo direito da Síria de defender sua terra e seu povo por todos os meios permitidos pelo direito internacional”.
Em meio a essa condenação, uma ONG acusou as forças governamentais sírias de executarem 19 civis drusos após entrarem em Sweida, uma localidade de maioria drusa no sul do país, onde moradores assustados relataram diversos abusos. As forças sírias se posicionaram pela manhã na cidade, até então controlada por combatentes drusos locais, afirmando que queriam restabelecer a estabilidade após dois dias de confrontos entre grupos drusos e beduínos, que deixaram cerca de cem mortos. Israel, que afirma querer defender a comunidade drusa, bombardeou as forças governamentais após sua entrada em Sweida. A Síria denunciou os ataques e disse responsabilizar Israel pelas “consequências”.
Essa onda de violência ilustra os desafios enfrentados pelo governo interino de Ahmed al Sharaa desde que ele e uma coalizão de grupos rebeldes sunitas derrubaram o presidente Bashar al Assad em dezembro, em um país marcado por quase 14 anos de guerra civil. A província de Sweida abriga a maior comunidade drusa da Síria, uma minoria derivada do xiismo, mas considerada uma corrente esotérica, com cerca de 700 mil membros no país, também presente no Líbano e em Israel.
A nova onda de violência começou no domingo, quando eclodiram confrontos entre combatentes drusos e tribos beduínas, que mantêm relações tensas há décadas. As forças governamentais intervieram alegando querer pacificar a região, mas participaram dos combates contra as facções drusas ao lado dos beduínos, segundo o OSDH, testemunhas e grupos drusos.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Paula
Fonte: Noticias ao Minuto Read More