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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17), que o Brasil irá taxar as big techs norte-americanas. A declaração foi feita durante evento da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO), e ocorre no contexto de crescente tensão diplomática com os Estados Unidos após a imposição, por parte do presidente americano Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Sem apresentar detalhes técnicos sobre a cobrança, Lula disse que a decisão reafirma a soberania nacional. “Nós vamos julgar e cobrar imposto das empresas americanas digitais. Este país é soberano. Aqui não se permitirá violência contra crianças, mulheres, negros, LGBTQIA+ em nome de uma suposta liberdade de expressão”, disse o presidente. Entre as big techs afetadas pela medida, estariam Google, Amazon, Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram) e outras gigantes do setor digital que operam no território brasileiro.
Embate com Trump
A declaração de Lula surge dias após Donald Trump anunciar sanções comerciais contra o Brasil, válidas a partir de 1º de agosto, como resposta a uma suposta “censura” de empresas norte-americanas e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado político, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma carta tornada pública, Trump acusou o governo Lula de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro e anunciou a taxação de 50% sobre todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA. Lula classificou o gesto como “desrespeitoso” e criticou duramente o norte-americano. “O Brasil gosta de negociação. Mas não vai aceitar ordem de gringo”, afirmou.
Comitê de resposta
Após o anúncio da tarifa, o governo federal criou um comitê interministerial coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para articular medidas contra a taxação americana. O grupo já se reuniu com empresários, representantes do agronegócio e executivos de empresas dos EUA para tentar contornar a crise.
Apesar dos esforços diplomáticos, o Planalto não descarta acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) e aplicar medidas de retaliação com base na Lei da Reciprocidade, aprovada recentemente pelo Congresso e regulamentada por decreto do próprio Lula.
Investigação dos EUA contra o Brasil
Além da tarifa, os Estados Unidos anunciaram uma investigação comercial contra o Brasil, baseada na Seção 301 do Ato de Comércio norte-americano. O inquérito, conduzido pela USTR (Representação Comercial dos EUA), avaliará se políticas brasileiras violam regras comerciais em áreas como pagamentos digitais, desmatamento, tarifas sobre o etanol, combate à corrupção e proteção de propriedade intelectual.
A investigação poderá resultar em novas retaliações econômicas, dependendo do desfecho da audiência pública marcada para o dia 3 de setembro. Lula, por sua vez, prometeu uma reação “civilizada, mas firme”. “Nada se conquista na marra. Mas também não aceitamos intimidações. Vamos agir como um país que se respeita”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan Read More