Trump mobiliza dois submarinos nucleares em resposta às ‘declarações provocativas’ de ex-presidente russo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nesta sexta-feira (1º), que ordenou o envio de “dois submarinos nucleares nas regiões próximas” após comentários “provocativos” do ex-presidente russo Dmitri Medvedev. “Ordenei que dois submarinos nucleares se posicionassem nas regiões adjacentes, caso estas declarações insensatas e incendiárias sejam mais do que isso”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.

“As palavras são muito importantes e, muitas vezes, podem ter consequências imprevistas, espero que este não seja um desses casos”, acrescentou. Em uma mensagem recente na rede social X, Medvedev, atual número dois do Conselho de Segurança do país, escreveu que cada novo ultimato do presidente americano para encerrar o conflito bélico na Ucrânia “era uma ameaça e um passo boato à guerra” com os Estados Unidos.

Trump não especificou se faz referência a submarinos de propulsão nuclear ou armados com armas nucleares. Também não deu detalhes sobre onde serão posicionados. O presidente americano ameaçou impor avaliações econômicas à Rússia caso seu contraparte russo, Vladimir Putin, não encerre as hostilidades na Ucrânia até o fim da próxima semana.

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Trump cogita aplicar as chamadas avaliações “secundárias”, ou seja, aquelas impostas a países que compram petróleo russo, com o objetivo de cortar essa fonte essencial de receita para a máquina de guerra russa. O republicano de 79 anos protagonizou uma reaproximação com Putin pouco depois de retornar ao poder em janeiro.

Ele estava convencido de que sua boa relação com o líder russo permitiria pôr fim rapidamente à guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022. Essa promessa, porém, se desfez, e Trump está cada vez mais frustrado com o líder do Kremlin. Medvedev é um defensor ferrenho da guerra na Ucrânia. Foi presidente entre 2008 e 2012, mas, na prática, substituiu Putin, que conseguiu contornar os limites constitucionais e se manter no poder.

*Com informações da AFP
Publicado por Carol Santos