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O governo brasileiro e o Partido dos Trabalhadores (PT) têm adotado uma postura cada vez mais crítica em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando que o ambiente político pode dificultar o diálogo sobre o tarifaço imposto às exportações brasileiras. As tensões se intensificaram após a decisão de Trump de sobretaxar produtos do Brasil e aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky — legislação americana voltada a punir violações de direitos humanos.
Durante o encontro nacional do PT neste sábado (2), em Brasília, lideranças petistas transformaram o evento em um palco de críticas ao governo americano. A legenda usou símbolos nacionais — como as cores verde, amarelo e azul — para reforçar um discurso de soberania e confrontar a narrativa da direita, em especial de alas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de agir contra os interesses do Brasil e anunciou que o partido pedirá a cassação de seu mandato por, segundo ele, colaborar com sanções americanas.
O novo regimento interno aprovado pelo PT traz críticas diretas a Trump, acusando-o de provocar uma crise econômica global. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) resumiu o sentimento do partido ao dizer que “o Brasil não é quintal dos Estados Unidos”. O evento teve ainda a presença de figuras históricas do partido, como José Dirceu e Delúbio Soares, além de manifestações em apoio à ex-presidente argentina Cristina Kirchner.
A atuação do partido é acompanhada de medidas jurídicas e diplomáticas. O PT entrou com uma ação no STF para impedir que bancos brasileiros apliquem as sanções americanas contra Moraes. Para o partido, aceitar as penalidades seria uma violação à soberania nacional e à independência do Judiciário. A legenda teme que instituições financeiras passem a agir politicamente, restringindo serviços a autoridades públicas com base em decisões externas.
Ao mesmo tempo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu fazer um pronunciamento em rede nacional para defender o STF e o ministro Moraes. É a segunda vez em um mês que Lula usa esse tipo de comunicação para rebater ações do governo Trump — a primeira foi em resposta direta ao tarifaço.
Apesar da declaração de Trump de que Lula “pode falar comigo quando quiser”, o governo brasileiro recebeu a fala com cautela. No Itamaraty, a avaliação é de que ainda não há um canal efetivo de diálogo entre os dois líderes. A desconfiança é reforçada pelo clima político — considerado hostil — e pelas críticas públicas que o PT e o Palácio do Planalto vêm fazendo à gestão americana.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta manter uma frente de negociação econômica. Ele deve se reunir na próxima semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para discutir os efeitos das tarifas e buscar soluções. Haddad indicou que o sucesso da conversa poderá influenciar a possibilidade de um contato direto entre Lula e Trump.
Setores empresariais pressionam por uma atuação mais pragmática do governo brasileiro para evitar prejuízos econômicos. Mas, com o PT endurecendo o discurso político e o presidente Lula se colocando como defensor do Judiciário contra interferências externas, interlocutores avaliam que o ambiente está longe de favorável para uma reaproximação com Washington.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More