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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (3) que impõe limites ao embate com o governo de Donald Trump em razão da disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos. “Tenho limite de briga com o governo americano. Não posso falar tudo o que acho que posso. Tenho que falar o que é possível, o que é necessário”, declarou Lula durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT, em Brasília.
A fala ocorre em meio à tensão diplomática provocada pela decisão de Trump de impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e sancionar o ministro Alexandre de Moraes com base na chamada Lei Magnitsky. Apesar do tom crítico, Lula ressaltou que o Brasil não teme a pressão norte-americana e que as negociações seguem em curso. Segundo ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler Mauro Vieira já apresentaram propostas ao governo dos EUA.
“Não queremos confusão, mas também não temos medo. As propostas estão na mesa”, disse Lula. Para o presidente, Trump “extrapolou os limites porque quer acabar com o multilateralismo” e tenta usar temas políticos para justificar sanções econômicas — algo que classificou como inaceitável. Apesar das críticas, Lula afirmou que o Brasil está aberto ao diálogo. Na última sexta-feira (1º), Trump declarou que Lula poderia “ligar quando quiser”. O petista respondeu que o governo brasileiro “sempre esteve aberto” para conversar.
Durante o evento, Lula também defendeu a soberania nacional e rejeitou a ideia de que o Brasil deva se submeter aos interesses americanos. “Não somos republiqueta. Queremos ser respeitados pelo nosso tamanho”, afirmou. Ele ainda citou uma frase atribuída ao cantor Chico Buarque para definir a postura do governo: “O PT não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia. A gente fala em igualdade de condições com os dois”.
Alianças e organização para 2026
O encontro nacional do PT marcou a posse do novo presidente do partido, o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva. Em discurso, ele defendeu a reeleição de Lula como uma forma de barrar o avanço da extrema direita e chamou Donald Trump de “o maior líder fascista do século XXI”.
A reunião partidária também simbolizou o início da organização da legenda para a disputa presidencial de 2026. Lula sinalizou que poderá concorrer a um quarto mandato e afirmou que “nunca mais vamos permitir que alguém de extrema-direita com cabeça fascista volte a governar esse país”.
O evento também oficializou o retorno de José Dirceu à direção nacional do partido. O ex-ministro, que teve condenações anuladas pelo STF, prepara candidatura à Câmara dos Deputados. Outro nome presente foi o ex-tesoureiro Delúbio Soares, também com condenações revertidas.
Documento com diretrizes
O PT aprovou um documento com as diretrizes para a nova gestão partidária. O texto manteve a defesa do veto ao projeto de flexibilização do licenciamento ambiental e a reivindicação de reconhecimento do Estado Palestino, além de apontar a segurança pública como um tema que exige nova abordagem.
Com discurso voltado à “justiça tributária”, o partido também reforçou a campanha pela “taxação BBB” — bilionários, bancos e apostas esportivas (bets). A sigla, que nas eleições de 2022 elegeu apenas 70 dos 513 deputados federais, se comprometeu a ampliar alianças e melhorar a comunicação com diferentes segmentos da sociedade, especialmente com católicos e evangélicos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More