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O retorno de Neymar ao Santos resgatou um sentimento de esperança e, ao mesmo tempo, de nostalgia no torcedor do Peixe, que ainda convive com a incerteza sobre os rumos do time neste recente retorno à elite do futebol brasileiro.
Quando a temporada começou, e o Alvinegro iniciava a montagem do elenco ainda sob o comando de Pedro Caixinha, o nome de Neymar sequer era especulado.
Com o início do Paulistão, no entanto, os indícios de que o sonho poderia se tornar realidade começaram a ganhar força, especialmente quando a torcida entoou nas arquibancadas da Vila Belmiro o canto pedindo a volta do Menino da Vila para casa.
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No dia 31 de janeiro, veio o anúncio oficial: Neymar estava de volta ao Santos após 13 anos. A recepção foi digna de ídolo. Em pleno Alçapão, sob forte chuva, a festa teve shows de Supla, MC Bin Laden, Mano Brown e Projota — embalada por hits que simbolizam a identidade da Nação Santista.
Dias depois, veio a tão aguardada estreia. No dia 5 de fevereiro, data em que completou 33 anos, Neymar entrou em campo no intervalo da partida, já como capitão e vestindo a camisa 10 — número que substituiu a tradicional 11. Atuou por 45 minutos e foi ovacionado pela Vila.
O Príncipe da Vila voltou a pisar no gramado santista após acumular passagens pelo Barcelona (Espanha), PSG (França) e Al-Hilal (Arábia Saudita).
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Depois de embalar uma sequência de sete partidas, Neymar sofreu a primeira lesão: um incômodo na parte posterior da coxa esquerda, justamente após uma boa atuação nas quartas de final do Paulistão, contra o Red Bull Bragantino. Em uma publicação nas redes sociais, tranquilizou os torcedores, explicando que a substituição havia sido apenas por precaução. Na sequência, curtiu a folga no Carnaval do Rio de Janeiro.
No entanto, dias depois, ficou no banco de reservas no clássico contra o Corinthians, pela semifinal, na Neo Química Arena, e viu o Peixe ser eliminado após sofrer gols de Yuri Alberto e Garro.
O camisa 10 só retornou no duelo contra o Fluminense, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Já na partida seguinte, diante do Atlético-MG — que teve um valor simbólico especial por marcar sua 100ª partida na Vila Belmiro —, voltou a sentir uma lesão, novamente na posterior da coxa esquerda, desta vez no músculo semimembranoso.
Ficou pouco mais de um mês afastado dos gramados e retornou em mais um momento delicado da temporada: a eliminação nos pênaltis para o CRB, na terceira fase da Copa do Brasil. Logo após, foi deixado de fora da primeira convocação de Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, visando os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Durante a pausa para o Mundial de Clubes da Fifa, Neymar aproveitou para aprimorar a forma física. Trabalhou com seu staff pessoal ao longo das duas semanas de folga do elenco santista. Nesse período, renovou seu contrato com o Santos, estendendo o vínculo até o fim da temporada.
Fora de campo:
Mais do que um craque de volta às origens, Neymar tem exercido um papel fundamental na reconstrução do Santos — dentro e fora de campo. Ao lado do pai, que também assumiu protagonismo nos bastidores, o camisa 10 se tornou símbolo de uma nova era no clube que o revelou ao mundo.
No elenco, é referência técnica, emocional e histórica. Atua como elo entre os veteranos e os Meninos da Vila, ajudando na integração da base com o grupo principal.
É também uma espécie de guardião de Robinho Jr., filho do ex-jogador Robinho, a quem acompanha de perto com carinho e atenção redobrados. O garoto o tem como ídolo; Neymar retribui com orientação, conselhos e presença constante.
Mas a reconstrução vai além das quatro linhas. Junto com o pai, Neymar atraiu parceiros e investidores para projetos estruturais importantes.
A dupla foi responsável pela reforma dos vestiários da Vila Belmiro e pela articulação para a construção de um novo centro de treinamento para as categorias de base e para o time feminino. Já o pai do atleta lidera o ambicioso projeto de um novo CT e estádio para o elenco profissional, em Praia Grande, no litoral paulista.
O impacto de sua volta também se reflete nos números. Neymar impulsionou o programa de sócio-torcedor, fez explodir o engajamento nas redes sociais do clube e, claro, alavancou a venda de camisas. A edição azul turquesa, repleta de simbolismo, bateu recordes de vendas ainda no primeiro trimestre do ano, reflexo direto da idolatria que transcende gerações.
A família evita declarações públicas sobre o futuro do Príncipe da Vila. Oficialmente, não há pressa para tratar de uma renovação além do vínculo atual, que vai até a Copa do Mundo de 2026. Nos bastidores, porém, há uma certeza silenciosa: Neymar reencontrou no Santos não apenas um clube, mas um refúgio, um lugar onde se sente amado, útil e, acima de tudo, feliz.
Jogos de Neymar pelo Santos:
05.02 – Santos 1 x 1 Botafogo-RP – Campeonato Paulista – 45 minutos em campo
09.02 – Santos 0 x 0 Novorizontino – Campeonato Paulista – 75 minutos em campo
12.02 – Corinthians 1 x 2 Santos – Campeonato Paulista – 68 minutos em campo
16.02 – Santos 3 x 1 Água Santa – Campeonato Paulista – 85 minutos em campo – 1 gol + 1 asssistência
19.02 – Santos 3 x 0 Noroeste – Campeonato Paulista – 69 minutos em campo
23.02 – Santos 3 x 0 Inter de Limeira – Campeonato Paulista – 90 minutos em campo – 1 gol + 2 assistências
02.03 – Santos 2 x 0 Red Bull Bragantino – Quartas de final do Campeonato Paulista – 76 minutos em campo – 1 gol
13.04 – Fluminense 1 x 0 Santos – Campeonato Brasileiro – 45 minutos em campo
16.04 – Santos 2 x 0 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro – 34 minutos em campo
01.05 – Santos 0 x 0 CRB – terceira fase da Copa do Brasil
22.05 – Santos 0 (4×5) 0 CRB – terceira fase da Copa do Brasil – 66 minutos em campo
25.05 – Santos 1 x 0 Vitória – Campeonato Brasileiro – 64 minutos em campo
01.06 – Santos 0 x 1 Botafogo – Campeonato Brasileiro – 76 minutos
16.07 – Santos 1 x 0 Flamengo – Campeonato Brasileiro – 90 minutos – 1 gol
19.07 – Mirassol 3 x 0 Santos – Campeonato Brasileiro – 90 minutos
23.07 – Santos 1 x 2 Internacional – Campeonato Brasileiro – 90 minutos
26.07 – Sport 2 x 2 Santos – Campeonato Brasileiro – 90 minutos
04.08 – Santos 3 x 1 Juventude – Campeonato Brasileiro – 90 mnutos – 2 gols
*Amistosos:
28.05 – Santos 1 x 3 RB Leipzig – Bragança Paulista – 45 minutos em campo
10.06 – Santos 3 x 1 Desportiva Ferroviária – Espírito Santo – 45 minutos em campo – 1 gol
Fonte: Jovem Pan Read More