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A ex-primeira-dama sul-coreana Kim Keon-hee foi presa na noite de terça-feira (13) sob acusações de corrupção e abuso de poder durante e fora do período presidencial de seu marido, Yoon Suk-yeol, que também está detido, em um acontecimento sem precedentes no país asiático. Um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão contra Kim após considerar que existe risco de destruição de provas. Embora enfrente 16 acusações no total, a prisão foi aprovada principalmente por três delas. A ex-primeira-dama é acusada de suposto envolvimento em um esquema de manipulação de ações ligado à Deutsch Motors, distribuidora local da BMW, durante o período de 2009 a 2012, antes do mandato de Yoon.
Além disso, foi acusada de intervir indevidamente no processo de nomeação de candidatos do Partido do Poder Popular para as eleições legislativas parciais de 2022. Também está sob investigação se Kim recebeu artigos de luxo de um xamã e membros da Igreja da Unificação, entre abril e agosto de 2022, em troca de favores empresariais, entre outras acusações. A ex-primeira-dama nega todas as acusações. Esta é a primeira vez que um casal presidencial sul-coreano é detido simultaneamente.
O ex-presidente Yoon, que foi destituído em abril, permanece sob custódia em outra unidade prisional, acusado de insurreição e abuso de poder por sua tentativa frustrada de impor a lei marcial em dezembro do ano passado. Kim foi levada para o Centro de Detenção de Nambu, no sudoeste de Seul, onde ocupa uma cela individual equipada com mesa dobrável, televisão, banheiro e colchão no chão, conforme detalhado pela agência de notícias local “Yonhap”. Seu marido está detido em Uiwang, ao sul da capital.
A imagem de Kim tem sido alvo de escrutínio desde antes do mandato de Yoon. Além disso, círculos políticos supostamente a apelidavam de “V0”, uma referência à sua suposta influência superior à do próprio presidente, que era chamado de “V1”, de acordo com a “Yonhap”. O período inicial de detenção para Kim é de 20 dias, o que dá à equipe especial do Ministério Público a tarefa de avançar significativamente com as inúmeras acusações. Até o momento, Yoon se recusou a colaborar com os promotores no caso de sua esposa.
A construtora Seohee admitiu nesta terça-feira ter dado a Kim um colar de diamantes Van Cleef & Arpels, avaliado em cerca de US$ 43.000, que ela usou durante a cúpula da Otan de 2022. Embora Kim tenha alegado que era uma imitação comprada em Hong Kong há 20 anos, a empresa garantiu que devolveu o original anos depois. Ambos os colares foram entregues à promotoria como provas.
No mesmo dia, seu ex-assistente, Kim Ye-seong, conhecido como o “mordomo” cúmplice da família, foi preso ao retornar do Vietnã. Kim também teve seus títulos acadêmicos de mestrado e doutorado revogados, após investigações determinarem que cometeu plágio.
*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Dias
Fonte: Noticias ao Minuto Read More