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Milhares de bombeiros, apoiados por militares, helicópteros e aeronaves de países vizinhos, trabalham nesta segunda-feira (18) para combater mais de 20 incêndios no oeste da Espanha e em Portugal, que já deixaram seis mortos, enquanto a onda de calor que alimentou as chamas se aproxima do fim. “Atualmente, temos 23 incêndios ativos em situação operacional dois”, que indica uma ameaça grave e direta à população, declarou à TVE Virginia Barcones, diretora-geral da Proteção Civil e Emergências da Espanha.
Os incêndios na Espanha, agora em sua segunda semana, concentram-se nas regiões da Galícia, Castilla y León e Extremadura, onde milhares de pessoas abandonaram suas casas e dezenas de milhares de hectares foram queimados.
Fim do calor escaldante
A agência meteorológica nacional da Espanha (Aemet) informou que esta segunda-feira foi o “último dia da onda de calor”, que já dura duas semanas com temperaturas de até 45°C em partes do sul e 40°C em muitas outras localidades.
Recursos aéreos da França, Itália, Eslováquia e Países Baixos auxiliam o combate às chamas na Espanha, enquanto Portugal recebe apoio aéreo da Suécia e Marrocos. “É uma situação muito difícil, muito complicada”, explicou a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, à TVE, referindo-se à “virulência” e “magnitude” dos incêndios, e à fumaça, visível do espaço, que dificulta a “ação aérea”. “Devido à quantidade de fumaça no ar, recomenda-se o uso de máscara”, alertou a Prefeitura de Benavente.
Duas mortes elevam total a seis
Na Espanha, um bombeiro morreu na noite de domingo (17) quando o veículo que conduzia, transportando água, capotou na província de León, informou o governo local na rede social X. O veículo integrava um comboio que saiu da área de incêndios para descansar em uma parte íngreme da floresta e acabou despencando.
Dois outros homens, bombeiros voluntários, morreram em Castilla y León enquanto combatiam as chamas e, antes disso, um funcionário romeno de um centro de hipismo ao norte de Madri perdeu a vida ao tentar proteger os cavalos.
Em Portugal, um bombeiro morreu no domingo em um “acidente de trânsito” que deixou “dois feridos graves” entre seus colegas, afirmou o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em um comunicado que homenageia a “dedicação incansável” dos que combateram o incêndio. Esta foi a segunda morte no país, depois que um ex-prefeito que combatia as chamas morreu na sexta-feira (15) em Guarda, leste do país.
Portugal enfrenta principalmente um grande incêndio perto de Arganil, no centro, onde trabalham metade dos 2.000 bombeiros mobilizados para extinguir as chamas no país.
Recordes
Mais de 343.000 hectares foram queimados na Espanha desde o início do ano, um número crescente que já ultrapassa o total de hectares queimados no pior ano, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). O ano de 2022 era até agora o pior ano em termos de área devastada por incêndios na Espanha, com 306.000 hectares queimados.
Portugal detém o recorde europeu desde o início dos registros em 2006, com 563.000 hectares queimados em 2017, em incêndios que provocaram 119 mortes.
*Com informações da AFP
Publicado por Nícolas Robert
Fonte: Noticias ao Minuto Read More