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Um terço das crianças na cidade de Gaza e no norte do território sofrem de desnutrição grave e não sobreviverão, afirmou nesta quinta-feira (21) o chefe da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), Philippe Lazzarini. “Se olharmos as informações que chegam dos nossos centros de saúde, uma em cada três crianças na cidade de Gaza e no norte de Gaza está gravemente desnutrida, muitas delas não vão sobreviver. Muito mais gente, nos próximos dias e semanas, vai morrer por causa da fome”, afirmou.
Lazzarini pediu que ninguém se esqueça de que se trata de “uma fome construída, fabricada e deliberada”, uma estratégia na qual “os alimentos foram usados como instrumento de guerra”. A situação nutricional não parou de se deteriorar desde o início de março, quando foi encerrado o cessar-fogo acertado entre Israel e Hamas por cerca de dois meses. “Desde então, houve alertas de fome e, pela primeira vez, pessoas estão morrendo de fome. Mais de 200 mortes por fome foram registradas e, sem dúvida, haverá muitas outras”, antecipou Lazzarini em um evento organizado pelo Clube de Imprensa Suíço, em Genebra.
O chefe da principal agência de ajuda da ONU nos territórios palestinos afirmou que, se Israel começar uma nova ofensiva contra a cidade de Gaza, que está em plena preparação, “muitos nem terão forças para se deslocar” para o centro e o sul do enclave, de acordo com as diretrizes israelenses. A população palestina está extremamente enfraquecida por quase dois anos de conflito armado na Faixa de Gaza e toda a população, mas em particular as crianças, está sofrendo de fome e suas consequências, com uma taxa de desnutrição grave que se multiplicou por seis desde março, segundo constatou a UNRWA.
Além da fome e dos ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI), centenas de palestinos morreram na tentativa de se abastecer de alimentos em centros militarizados da chamada Fundação Humanitária para Gaza (GHF), administrada por Israel com financiamento dos Estados Unidos. Lazzarini lembrou que 1,5 mil pessoas famintas foram mortas nas proximidades dos únicos quatro pontos de distribuição dessa entidade enquanto o cessar-fogo estava em vigor. Além disso, a forma de distribuição da GHF exclui as pessoas mais vulneráveis, incapazes de caminhar longas distâncias sob um sol implacável e depois fazer o caminho de volta carregando caixas com alguns alimentos. Israel cortou no início deste ano todo contato com a UNRWA, a quem tem procurado desacreditar por todos os meios possíveis.
*Com informações da EFE
Fonte: Noticias ao Minuto Read More