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Durante o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) da ação penal por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o advogado Jair Alves Pereira, que defende o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou nesta terça-feira (2) que o militar pediu baixa do Exército por não ter mais condições psicológicas de seguir na carreira.
Pereira ressaltou que a colaboração premiada de Cid foi fundamental para a instrução do processo e argumentou que, caso seja condenado, ele deve receber tratamento diferenciado. “Se ela [colaboração premiada] dá sustentação e dá dinâmica dos fatos — e dá —, por que ele não teria os benefícios que ajustou? Não seria justo que o Estado, depois de tudo isso, depois de ele estar com cautelares diversas da prisão por mais de dois anos, afastado de suas funções — inclusive, agora, pediu baixa do Exército porque não tem mais condições psicológicas de continuar como militar —, venha dizer: ‘Não, tu ajudou, mas vou te condenar’”, afirmou o advogado.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, firmou acordo de colaboração premiada durante as investigações. Suas declarações embasaram grande parte do inquérito que resultou na denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). O advogado reforçou que “não há como dizer que a colaboração premiada não tem sustentação”, já que ela não é prova em si, mas um meio de obtenção de provas que contribuíram diretamente para a denúncia.
Segundo Pereira, as informações prestadas pelo militar foram confirmadas em pontos de “extrema relevância” durante as investigações, o que justificaria a manutenção dos benefícios acordados. O julgamento, iniciado nesta terça, envolve Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus apontados pela PGR como integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista.
Fonte: Jovem Pan Read More