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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará neste sábado (6) um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na véspera do Dia da Independência, com críticas diretas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e recados ao governo dos Estados Unidos. A fala ocorre em meio às tarifas de até 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros e à possibilidade de novas sanções diplomáticas.
Lula deve classificar Eduardo como “traidor da pátria”, expressão que tem repetido nos últimos dias ao criticar a articulação do parlamentar junto ao governo americano em favor de restrições contra autoridades brasileiras. Segundo o presidente, tais iniciativas representam tentativas de intervenção externa em assuntos internos do país.
O discurso, gravado no Palácio do Planalto, terá como eixo central a defesa da soberania nacional — tema que guia a campanha publicitária do governo para o 7 de Setembro, batizada de “Brasil Soberano”. Lula também fará uma defesa do Pix, sistema de pagamentos do Banco Central que passou a ser alvo de investigação comercial dos Estados Unidos, usado como justificativa para o tarifaço anunciado por Trump.

Projeções no Congresso Nacional em alusão às comemorações da Independência do Brasil (Ricardo Stuckert/PR)
O clima de tensão com Washington ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (5). Trump afirmou estar “muito irritado” com o Brasil e não descartou restringir vistos de autoridades brasileiras que participem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Para o Planalto, as medidas têm motivação política e violam regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que já foi acionada pelo Itamaraty.
Desfile em Brasília
As celebrações oficiais do Dia da Independência ocorrem neste domingo (7), a partir das 9h, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A cerimônia, com duração de cerca de duas horas, terá três eixos: “Brasil dos Brasileiros”, “COP30 e Novo PAC” e “Brasil do Futuro”. O evento reunirá apresentações de escolas civis e militares, ações ligadas à saúde, meio ambiente e esporte, além do tradicional desfile das Forças Armadas e da Esquadrilha da Fumaça.
A segurança será reforçada pelo “Plano Escudo”, coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que prevê uso de drones, snipers e cerca de 200 agentes de prontidão na Esplanada. Paralelamente, grupos de oposição ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro planejam manifestações em Brasília e em outras capitais, buscando manter mobilização política em torno do PL da Anistia, mesmo sem a presença do ex-mandatário após medidas restritivas impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More