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A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou nesta segunda-feira (15) no X (antigo Twitter) um texto do “Wall Street Journal” que critica a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e questiona a atuação do tribunal. O artigo defende Bolsonaro e aponta supostas violações do devido processo legal, mencionando a condenação de 27 anos de prisão no inquérito que investigou tentativa de golpe de Estado. O título do artigo assinado por Maria Anastasia O’Grady é, em tradução livre, “O jeito brasileiro de ‘lawfare’ alcança Bolsonaro”.
O texto de O’Grady ressalta o voto dissidente do ministro Luiz Fux, que evidenciaria ausência de provas e violação do devido processo legal. Também critica a condução do caso pelo ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes do tribunal, e sugere que medidas judiciais contra Bolsonaro refletem uma tentativa de repressão política. A autora relembra ainda decisões anteriores do STF consideradas polêmicas e enfatiza a indignação da direita brasileira com o tratamento dado ao ex-presidente. Maria Anastasia O’Grady está no “WSJ” desde 1995 e publica sua coluna toda segunda-feira, sobre política, economia e negócios na América Latina e no Canadá.
O gesto de Leavitt reforça críticas que já vinham sendo feitas por autoridades americanas, como o secretário de Estado Marco Rubio, que afirmou esperar anúncios de medidas “adequadas” contra o Brasil devido à condenação de Bolsonaro. O subsecretário Darren Beattie e a própria Embaixada dos EUA também classificaram o julgamento como parte de uma “campanha de opressão judicial” liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções americanas pela Lei Magnitsky.

Republicação de Karoline Leavitt no X
O episódio insere-se em um histórico recente de ações do governo Trump contra o Brasil em defesa de Bolsonaro. Em julho, Trump aplicou tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, revogou vistos de ministros do STF e impôs sanções financeiras contra Moraes, citando supostas violações de direitos humanos e perseguição política. Trump chamou a condenação de Bolsonaro de “ameaça à democracia” e comparou a situação à que enfrentou nos tumultos do Capitólio em 2021.
O Itamaraty reagiu às declarações de Rubio, afirmando que as ameaças não intimidam a democracia brasileira e lembrando que o julgamento dos acusados pelo STF foi conduzido com amplo direito de defesa e respeitando a independência do Poder Judiciário. Em artigo recente publicado em outro jornal americano, o “New York Times”, Lula disse estar orgulhoso do Supremo e respondeu a Trump dizendo que o julgamento não foi uma “caça às bruxas‘.
Fonte: Noticias ao Minuto Read More