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A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (28), aponta que as mulheres vivem significativamente mais que os homens. Segundo as Tábuas Completas de Mortalidade de 2024, a expectativa de vida ao nascer para a população feminina alcançou 79,9 anos, enquanto a masculina ficou em 73,3 anos.
Essa diferença de 6,6 anos — quase sete anos de vantagem para elas — expõe dinâmicas sociais e de saúde distintas entre os sexos. Embora ambos tenham registrado aumento na longevidade em relação a 2023, com o país atingindo a média geral de 76,6 anos, o “teto” de vida das mulheres permanece superior em todas as faixas etárias analisadas.
Violência na juventude
A principal razão estatística para que a média dos homens seja tão inferior à das mulheres não está na biologia, mas na violência. O estudo do IBGE destaca uma disparidade alarmante na fase adulta jovem.
Entre os 20 e 24 anos, a chance de um homem morrer é 4,1 vezes maior do que a de uma mulher da mesma idade. Esse fenômeno, técnico e demograficamente chamado de “sobremortalidade masculina”, é impulsionado por causas externas e não naturais, como homicídios, acidentes de trânsito e suicídios.
Essa “perda” precoce de vidas masculinas puxa a média geral dos homens para baixo. A série histórica mostra que, a partir da década de 1980, com a urbanização acelerada, as mortes violentas passaram a impedir que a expectativa de vida masculina crescesse no mesmo ritmo da feminina.
Vantagem feminina se mantém na velhice
Mesmo quando se analisa apenas a população que sobreviveu à juventude e chegou à terceira idade, as mulheres continuam vivendo mais. Para quem completa 60 anos em 2024, a expectativa é viver, em média, mais 24,2 anos se for mulher, contra 20,8 anos se for homem. Ou seja, uma idosa de 60 anos tem a perspectiva de ultrapassar os 84 anos de idade, enquanto o idoso tende a chegar aos 80.
A vantagem persiste até nas idades mais avançadas. Aos 80 anos, as mulheres têm uma projeção de viver mais 9,5 anos, enquanto os homens têm uma sobrevida estimada de 8,3 anos.
Recuperação pós-pandemia
Os dados de 2024 também reforçam a recuperação da saúde pública após a crise sanitária da Covid-19. Em 2021, a expectativa de vida feminina havia recuado para 76,4 anos e a masculina para 69,3 anos. O retorno ao crescimento da longevidade para ambos os sexos é atribuído, entre outros fatores, à redução da mortalidade geral e infantil, impulsionada por melhorias no saneamento, vacinação e atenção básica à saúde ao longo das últimas décadas.
Fonte: Noticias ao Minuto Read More





