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01/12/2025
A segurança da galeria Apolo do Museu do Louvre, cenário do roubo de joias que chocou o mundo em 19 de outubro, não havia sido sinalizada à direção “como um ponto a ser vigiado”, afirmou nesta segunda-feira (1º) a presidente do museu.
“Para mim, era um caso encerrado, o da galeria Apolo”, declarou a Laurence des Cars ao jornal Le Parisien.
Ao assumir o cargo no fim de 2021, “me disseram que, se havia algo sobre o que podíamos estar totalmente tranquilos, eram as joias da Coroa”, com “três novas vitrines sólidas” instaladas durante as reformas de 2018-2019, continuou. “Este dossiê não me foi sinalizado como um ponto a ser vigiado.”
Revelada pelo Le Monde, uma auditoria realizada pelo joalheiro Van Cleef & Arpels para o museu já em 2018 havia descrito com precisão a falha potencial representada pelo balcão usado pelos ladrões no roubo das joias em outubro.
“Essa auditoria eu descobri em 23 de outubro, quatro dias depois do roubo, após solicitar um relatório de todas as intervenções realizadas nos últimos 25 anos na galeria Apolo”, assegurou Des Cars ao Le Parisien.
As joias seguem desaparecidas, mas a diretora se mostrou “otimista” sobre o desfecho da investigação.
Agora, com um olhar mais distante sobre o caso, “percebe-se que persistiam fragilidades estruturais. Entendo que isso gere questionamentos”, reconheceu também, explicando que teve de abordar “muitos outros dossiês urgentes” ao assumir seu cargo, em uma instituição em mau estado.
No início de novembro, o Tribunal de Contas havia considerado que o museu mais visitado do mundo havia “priorizado as operações visíveis e atraentes” em detrimento da segurança.
Laurence des Cars anunciou em novembro a instalação de 100 câmeras nos arredores do museu até o fim de 2026 e um reforço da polícia nacional para proteger o museu durante os períodos de maior afluência.
Para financiar sua modernização, o conselho de administração do Louvre aprovou na quinta-feira um aumento de 45% no preço de entrada para visitantes extraeuropeus, que elevará seu valor a 32 euros (cerca de 200 reais) a partir de 2026.
“Os visitantes internacionais, especialmente os americanos, que são a principal nacionalidade” (de visitantes estrangeiros, NDR), “entendem muito bem que assim contribuem para proteger um patrimônio universal. É uma forma de ajudar o Louvre”, afirmou Des Cars nesta segunda-feira.
*Com informações da AFP
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte: Noticias ao Minuto Read More





