
Eleições 2026: Tarcísio e Michelle lideram votos da direita
06/12/2025
A decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro de lançar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu candidato à Presidência em 2026 provocou forte reação no Centrão. Lideranças partidárias esperavam o anúncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado o nome natural do grupo. A reportagem apurou que os presidentes das principais siglas pretendem manter silêncio por enquanto. Mais de 24 horas após o anúncio, Ciro Nogueira (PP), Marcos Pereira (Republicanos) e Gilberto Kassab (PSD) seguiram sem se manifestar publicamente. Segundo interlocutores, o clima de “chateação” é generalizado.
Questionado sobre o desconforto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, minimizou a tensão e defendeu a decisão do ex-presidente. “Foi a escolha do Bolsonaro, ele é uma máquina de fazer votos”, disse à Jovem Pan. Valdemar também comemorou dados iniciais de pesquisas que indicam uma rejeição menor de Flávio (38%) em comparação à de Lula (44%). No início da semana, Kassab havia criticado Tarcísio, afirmando que o governador errava ao não se distanciar de Bolsonaro e da direita, movimento que, segundo ele, poderia prejudicá-lo eleitoralmente.
Governadores mantêm pré-candidaturas e defendem pluralidade
Apesar da reacomodação no campo da direita, os governadores que se colocam como pré-candidatos reafirmaram suas intenções neste sábado.
Romeu Zema (Novo–MG) disse que sua pré-candidatura está mantida e avaliou que a fragmentação da direita fortalece a democracia. “Quanto mais candidatos à direita tiver, melhor. Prova que a direita e a centro-direita têm muitos talentos”, afirmou.
Eduardo Leite (PSD–RS) reforçou a defesa de um caminho alternativo e de redução da polarização. “A definição do ex-presidente Bolsonaro não interfere na minha percepção. Continuo defendendo a desradicalização e um projeto de futuro para o país”, disse.
Ratinho Junior (PSD–PR) avalia que o início das movimentações eleitorais é positivo. Para ele, a escolha do PL é “natural”, enquanto o PSD trabalha para construir uma candidatura nacional. “Meu nome é uma possibilidade, mas meu compromisso hoje é com o Paraná”, declarou, ao defender uma renovação na política: “Sou de uma nova geração, o PSD quer ser protagonista”.
Ronaldo Caiado (União–GO) também manteve a pré-candidatura e afirmou respeitar a decisão de Bolsonaro. “Sigo convicto de que no próximo ano vamos tirar o PT do poder e devolver o Brasil aos brasileiros”, disse.
Enquanto isso, Flávio Bolsonaro cumpre agenda já como pré-candidato. Neste domingo (7), participa de um culto na Comunidade das Nações, seu primeiro evento público após a oficialização do apoio do pai.
Fonte: Jovem Pan Read More





