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O ministro do Interior e Segurança Pública do Benin, Alassane Seidou, anunciou neste domingo (7) que fracassou a tentativa de golpe de Estado por parte de um grupo de militares no país da África Ocidental.
“Na madrugada de domingo, 7 de dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados se amotinou com o objetivo de desestabilizar o Estado e suas instituições. Diante desta situação, o povo beninense e seus líderes, fiéis ao seu juramento, mantiveram seu compromisso com a República”, afirmou Seidou em uma breve mensagem transmitida pela emissora de televisão pública.
“Sua resposta permitiu-lhes manter o controle da situação e frustrar a tentativa”, garantiu o ministro. “Portanto, o governo convida a população a continuar com suas atividades normalmente”, acrescentou Seidou, sem fornecer mais detalhes.
O discurso foi transmitido depois que um grupo de militares garantiu neste domingo ter tomado o poder no Benim, após alegar que haviam destituído o presidente, Patrice Talon. Em um comunicado lido na emissora de televisão pública na capital, Cotonou, os militares disseram falar em nome do Comitê Militar para a Refundação da República.
“O comitê deliberou e decidiu o seguinte: o senhor Patrice Talon é destituído de seu cargo de presidente da República. O tenente-coronel Tigri Pascal é nomeado presidente do Comitê Militar para a Refundação da República, com efeito a partir de hoje em Cotonou”, asseguraram os uniformizados.
A situação se tornou confusa porque uma fonte próxima ao Exército beninense, que solicitou anonimato, disse à Agência EFE que as forças leais a Talon recuperaram o controle, além de ter garantido que o presidente estava a salvo.
No entanto, essa fonte não forneceu detalhes sobre o paradeiro do chefe de Estado nem sobre a magnitude exata dos confrontos que supostamente ocorreram na capital. “Trata-se apenas de um pequeno grupo de soldados que tentou algo. A ação deles limitou-se à aparição na televisão”, acrescentou a fonte militar.
Segundo a imprensa local, a Guarda Republicana conseguiu restabelecer a ordem na sede da televisão pública onde, aparentemente, os golpistas foram rendidos. Em um comunicado divulgado em suas redes sociais, a embaixada da França assinalou que “foram relatados disparos em Camp Guezo, perto da residência do presidente da República”.
“Por motivos de segurança, convidamos vocês a permanecerem em seus domicílios até novo aviso, enquanto a situação se esclarece por completo”, acrescentou a legação francesa em uma mensagem dirigida aos seus nacionais.
Por sua vez, a embaixada dos Estados Unidos indicou que está “monitorando os relatos de tiroteios em Cotonou, bem como os dados não confirmados de um golpe de Estado por parte de militares”.
Em um comunicado, a missão diplomática americana recomendou a seus cidadãos “evitar a região, especialmente Cotonou e as áreas próximas ao complexo presidencial”. Na capital, as ruas estavam praticamente desertas e, no meio da manhã, o acesso a vários meios de comunicação online era difícil, gerando incerteza e ansiedade na população, segundo constatou a Agência EFE.
Vídeos transmitidos pela imprensa local mostraram veículos militares blindados circulando pelas ruas de Cotonou. Após chegar ao poder em 2016, Talon, reeleito presidente em 2021, lançou um programa político e econômico focado no desenvolvimento do país, mas seus críticos o reprovam por esse impulso ter implicado a erosão de uma democracia considerada modelo no passado.
Dois dos principais adversários do chefe de Estado, Joël Aivo e Reckya Madougou, continuam presos após serem condenados a 10 e 20 anos de prisão, respectivamente, no final de 2021.
O Benim tem previsto realizar eleições presidenciais em abril de 2026. O ministro da Economia e Finanças do Benim, Romuald Wadagni, foi designado candidato presidencial para o pleito pela coalizão governista de Talon, de 67 anos e que não concorrerá à reeleição ao esgotar os dois mandatos de cinco anos previstos pela Constituição.
A tentativa de golpe ocorreu depois de os militares terem realizado um golpe bem-sucedido em 26 de novembro em outro país da África Ocidental, a Guiné-Bissau, onde o presidente Umaro Sissoco Embaló foi deposto e fugiu para o exterior.
*Com EFE
Fonte: Noticias ao Minuto Read More




