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A guerra no Oriente Médio chegou ao quinto dias sob nova troca de ataques aéreos entre Irã e Israel. Nesta segunda-feira (16), sirenes de defesa aérea soaram em Teerã, o mesmo ocorreu em Tel-Aviv e no centro de Israel. Não há ainda relatos de vítimas. Segundo a agência estatal iraniana Fars, várias explosões foram ouvidas na parte leste de Teerã. Logo no começo da madrugada de terça no horário local (noite de segunda no Brasil), o Exército israelense acionou o protocolo de defesa contra ataques aéreos, que foi levantado pouco depois. Os ataques ocorrem depois de um dia de ofensiva israelense no qual as Forças Armadas do país parecem agir com cada vez mais confiança: ordenando que os residentes evacuem partes de Teerã; insinuando antecipadamente que estava prestes a atacar o complexo da televisão estatal; e reivindicando “total superioridade aérea”, o que lhe permite atingir uma gama cada vez maior de alvos.
O premier israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “mudando a face do Oriente Médio” com seu ataque sem precedentes ao Irã. Os iranianos veem “que o regime é muito mais frágil” do que pensavam, comentou Netanyahu, ao lembrar que Israel atingiu a cúpula militar iraniana. “Nós os eliminamos um a um.” Matar o líder supremo do Irã “encerraria o conflito” entre os dois países, afirmou ao canal ABC News. O primeiro-ministro participou de uma entrevista coletiva transmitida pela TV, horas após um bombardeio contra a sede da TV estatal iraniana em Teerã. Câmeras registraram o momento em que uma apresentadora deixou rapidamente o estúdio, enquanto parte do teto se soltava e uma poeira densa se espalhava, segundo vídeos divulgados por veículos iranianos.
Outros ataques incluíram o quartel-general da Força Quds, unidade de elite do Irã, em Teerã, e infraestruturas de mísseis no oeste do país persa. A extensão das baixas ou danos não pôde ser verificada imediatamente de forma independente. Mais cedo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, chegou a se recusar a descartar a possibilidade de matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Em Teerã, os residentes ponderaram se deveriam se abrigar ou fugir da cidade, enquanto os postos de gasolina ficavam sem combustível e os serviços de internet e telefone eram interrompidos.
Desde que Israel começou a atacar o Irã na sexta-feira, 13, os ataques israelenses mataram pelo menos 224 pessoas no Irã, de acordo com o Ministério da Saúde iraniano, e feriram mais de 1 400 pessoas. Em Israel, o governo disse que pelo menos 24 pessoas morreram e cerca de 600 ficaram feridas. Enquanto os ataques acontecem no Oriente Médio, acontece no Canadá cúpula do G7, e o presidente americano, Donald Trump, voltou a pedir ao Irã para dialogar, “antes que seja tarde demais”. O chanceler iraniano, Abbas Araqchi, ressaltou que Washington poderia interromper os ataques de Israel com “um telefonema”, e que isso “abriria o caminho para o retorno à diplomacia”. Na noite de hoje, o Irã pediu que dois canais de TV israelenses fossem evacuados: N12 e N14.

Mídia iraniana informou que um ataque israelense atingiu a sede da polícia de Teerã, no centro da capital, enquanto os dois países trocavam ataques pelo terceiro dia consecutivo│Atta Kenare/AFP
Relembre a guerra
O conflito entre Israel e Irã começou na última sexta-feira (13), quando o Exército de Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irã com o objetivo declarado de evitar que o país adquirisse armas nucleares. Após décadas de uma guerra indireta e de operações pontuais, esta é a primeira vez que os dois países se enfrentam militarmente de forma intensa. O Exército israelense detectou hoje mísseis lançados do Irã em direção ao norte do país, e pediu que os moradores buscassem refúgio. Horas antes, a república islâmica atacou várias cidades de Israel, onde morreram pelo menos 11 pessoas, segundo os serviços de emergência.
Imagens de Tel Aviv registradas pela AFPTV mostram prédios destruídos, nos quais os bombeiros procuravam possíveis sobreviventes. Os projéteis também atingiram Petah-Tikva, Bnei-Brak, perto de Tel Aviv, e Haifa, no norte do país. Os ataques de Israel deixaram pelo menos 224 mortos desde sexta-feira e mais de mil feridos no Irã, informou no domingo o Ministério da Saúde. No lado israelense, o balanço de vítimas subiu para 24 mortos desde sexta-feira, informou o gabinete do primeiro-ministro.
Israel e as potências ocidentais acusam o Irã de querer desenvolver armas nucleares, o que Teerã nega, alegando que defende seu direito de desenvolver um programa nuclear civil. Os ataques de Israel atingiram, entre outros, o centro de enriquecimento de urânio de Natanz, no centro do país, cuja parte superficial foi destruída, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A campanha aérea israelense contra o Irã matou representantes de alto escalão do regime iraniano, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária e o comandante do Estado-Maior do Exército, assim como nove cientistas do programa nuclear.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: Noticias ao Minuto Read More