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O governo do Irã confirmou nesta sexta-feira (20) que restringiu o acesso à internet em todo o país para que os sistemas de defesa possam atuar contra drones lançados por Israel, quando se completa uma semana da ofensiva lançada pelo Estado judeu. Uma porta-voz do governo iraniano indicou que a decisão foi tomada para “rastrear e interceptar” drones israelenses, confirmando que o apagão cibernético que o país enfrenta desde a última quarta-feira foi ordenado pelas autoridades e não consequência dos ataques israelenses.
“Se necessário, passaremos para a intranet; esta é uma decisão tomada para o bem da nação e a segurança do povo”, destacou o portal de notícias “Iran Nuances”. A Agência EFE pôde verificar que, desde a tarde de quarta-feira, não era mais possível se conectar a sites fora do país, e VPNs comumente usadas para acessar aplicativos bloqueados, como WhatsApp e Telegram, também foram bloqueadas. A interrupção da internet ocorreu naquele dia por volta das 13h30 – de acordo com a organização IODA, que monitora o comportamento na internet e é afiliada à universidade americana Georgia Tech – após um intenso ataque israelense a vários locais do país.
Na ocasião, as autoridades iranianas afirmaram que seus sistemas foram alvo de ataques cibernéticos e que dois bancos de dados foram comprometidos. A plataforma NetBlocks, que monitora a conectividade dos usuários e a censura na internet, informou que “o Irã foi desconectado da internet global” e que dados em tempo real mostram que a conectividade doméstica permanece em uma porcentagem menor do que os níveis normais, com apenas alguns usuários conseguindo se conectar via VPNs multi-hop.
O Irã está há uma semana sob bombardeio das forças israelenses, que na sexta-feira passada lançaram um ataque em larga escala contra instalações do programa nuclear iraniano, um alvo que busca destruir por medo de que Teerã possa adquirir uma bomba atômica, uma possibilidade rechaçada pelas autoridades do regime dos aiatolás.
O Exército israelense atacou infraestruturas militares (sistemas de defesa aérea, depósitos de mísseis balísticos, etc.) e usinas nucleares (Natanz, Isfahan e Fordow), mas também oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária iraniana e cientistas nucleares. As autoridades iranianas não atualizaram o número oficial de mortos desde o último domingo, que permanece em 224, uma cifra que, segundo relatos locais de vítimas, já é muito superior e que a organização iraniana antirregime HRANA, sediada nos Estados Unidos, estima em 639. O Irã, por sua vez, atacou várias instalações militares e também atingiu alvos civis, como o Hospital Soroka, em Israel. As autoridades israelenses também mantiveram em 24 o número de mortos em seu território nos últimos dias.
*Com informações da EFE
Fonte: Noticias ao Minuto Read More