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O avião presidencial em que viajava na semana passada o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de volta de Sevilha, na Espanha, onde participou da IV Conferência Internacional da ONU, foi desviado após a detecção de uma possível ameaça durante seu pouso em Bogotá. “Nosso presidente da República, por ser também chefe de Governo, chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas, de alguma forma se torna um alvo militar para diferentes ameaças”, declarou à “Caracol Radio”, nesta terça-feira (8), o ministro da Defesa, Pedro Sánchez.
Segundo relatos da imprensa local ontem, o voo presidencial partiu na última quarta-feira de Sevilha e fez uma parada programada nas Ilhas Canárias. No entanto, um alerta de inteligência advertiu que a aeronave estava sendo rastreada a partir das Canárias, o que levou o avião a ser redirecionado para Pereira, capital do departamento de Risaralda, no centro-oeste do país.
Sánchez explicou hoje que seu ministério “optou por tomar medidas de segurança em todos os sentidos” e reforçou a segurança de Petro, tanto ao redor da Casa de Nariño, sede presidencial, quanto em seus deslocamentos. “A segurança do presidente está totalmente garantida”, assegurou o ministro, que insistiu que o chefe de Estado é sempre um alvo potencial de ameaças.
Nesse contexto, Sánchez relembrou os atentados que também sofreram os ex-presidentes Álvaro Uribe (2002-2010) e Iván Duque (2018-2022). O titular da Defesa já havia anunciado na semana passada que o governo aumentará as medidas de segurança em torno de Petro devido às “ameaças latentes” contra ele. O ministro detalhou que, além do esquema de proteção habitual que acompanha o mandatário a todo momento, novos grupos de inteligência, vigilância e reação serão adicionados.
Em cada deslocamento do presidente, serão realizadas operações de forças especiais, aeronaves da Força Aeroespacial Colombiana serão enviadas e os anéis de segurança serão reforçados, acrescentou. Essas medidas são tomadas em meio à deterioração da situação de segurança no país, e um mês após o atentado contra o senador e aspirante à Presidência Miguel Uribe Turbay, do partido de direita Centro Democrático, que foi baleado e gravemente ferido em 7 de junho, durante um comício de campanha em Bogotá, para as eleições de 2026.
Outras denúncias de possíveis atentados
Desde que assumiu o poder em agosto de 2022, Petro tem alimentado a ideia de um golpe de Estado contra ele e de um plano para assassiná-lo, sem apontar ninguém em particular, por meio de mensagens publicadas em suas redes sociais e em intervenções públicas.
Em setembro do ano passado, assegurou que a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA), através do embaixador do país em Bogotá, o alertou sobre um suposto plano para assassiná-lo antes do fim de 2024 em um atentado com um caminhão carregado com dinamite. Em março, o presidente afirmou que narcotraficantes que buscam controlar as plantações de coca no sudoeste do país queriam matá-lo e que “já são quatro tentativas”.
Petro também denunciou um mês antes que narcotraficantes compraram dois mísseis para atacar seu avião devido ao trabalho que seu governo está fazendo contra “as grandes máfias” do país. Mesmo quando era candidato presidencial, o atual mandatário denunciou que uma quadrilha criminosa chamada ‘La Cordillera’ pretendia cometer um atentado para assassiná-lo.
*Com informações da EFE
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte: Noticias ao Minuto Read More