
Congresso ensaia aproximação com o governo e se coloca à disposição para agir ‘com firmeza’ em resposta a tarifaço
12/07/2025
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12/07/2025
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (11) sanções contra o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, por participação em “graves violações de direitos humanos”. A medida marca o quarto aniversário dos protestos de 11 de julho de 2021, quando milhares de cubanos foram às ruas gritando “Temos fome” e “Abaixo a ditadura”. Foi a maior mobilização popular desde a Revolução de 1959. Na ocasião, uma pessoa morreu, dezenas ficaram feridas e centenas foram presas.
No mesmo dia dos protestos, Díaz-Canel, em pronunciamento na TV, conclamou apoiadores do governo a enfrentarem os manifestantes, o que intensificou a repressão. Em nota, o Departamento de Estado americano informou que está implementando medidas para restringir a entrada no país de “líderes-chave do regime cubano”, em solidariedade ao povo da ilha e aos presos políticos. Além de Díaz-Canel, também foram sancionados os ministros da Defesa, Álvaro López Miera, e do Interior, Lázaro Alberto Álvarez Casas.
Os EUA também impuseram restrições de visto a dezenas de agentes do Judiciário e do sistema penitenciário cubano acusados de envolvimento em prisões arbitrárias e torturas de manifestantes. Os nomes não foram divulgados. As medidas fazem parte da política de linha dura retomada pelo presidente Donald Trump, que, ao retornar à Casa Branca em janeiro, assinou um memorando reafirmando o embargo econômico e prometeu ampliar a pressão sobre o governo cubano.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reagiu com críticas: “Os EUA podem manter uma guerra econômica contra Cuba, mas não vão dobrar a vontade do nosso povo nem de seus líderes”, escreveu na rede X (antigo Twitter). Organizações de direitos humanos estimam que entre 360 e 420 pessoas seguem presas por participação nos protestos de 2021. Já o governo americano fala em 700 detidos, muitos sob denúncias de tortura.
Nesta sexta-feira, o senador Marco Rubio, influente na política externa dos EUA para a América Latina, acusou Cuba de torturar o dissidente José Daniel Ferrer. Ele exigiu uma “prova de vida imediata” e a libertação de todos os presos políticos. Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba (Unpacu), havia sido libertado em janeiro após um acordo entre Cuba e o Vaticano, mas teve a liberdade condicional revogada em abril. Desde então, sua família denuncia que ele tem sido torturado na prisão.
“Está sendo levado ao limite. Pode morrer a qualquer momento”, escreveu sua irmã, Ana Belkis Ferrer. Ela relatou que, durante visita recente, a esposa do ativista viu ferimentos na cabeça, hematomas, lesões na boca e no ouvido, além de sinais de maus-tratos. Segundo a denúncia, ele teria sido espancado por outros presos a mando da direção do presídio e forçado a ingerir sopa estragada sob ameaça de violência.
O Departamento de Estado americano também ampliou a lista de locais proibidos para turistas americanos em Cuba. A nova versão inclui 11 propriedades ligadas ao governo cubano, entre elas o hotel de luxo “Torre K”, em Havana. Segundo Rubio, o objetivo é impedir que “dólares americanos financiem a repressão”. “Inaceitável que o regime invista milhões em hotéis enquanto falta comida, água, remédios e energia para a população”, afirmou o senador.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Fonte: Noticias ao Minuto Read More