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Chelsea e PSG fazem, neste domingo (13), a tão aguardada final do Mundial de Clubes. Depois de quase um mês de disputa nos Estados Unidos, os gigantes do futebol europeu, que ergueram troféus continentais em 2024/25, duelam para ver quem será o primeiro campeão no novo formato promovido pela Fifa.
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Os Blues, considerados mandantes do confronto, levaram a melhor na Conference League, torneio no qual entraram como amplos favoritos, na primeira temporada sob o comando de Enzo Maresca. Por outro lado, o Paris dominou todas as esferas nas quais se fez presente, e com um trabalho brilhante do espanhol Luis Enrique, alcançou sua primeira Champions League e a emendou com títulos da Ligue 1 e da Copa da França.
Entre troféus e camisas que se acostumaram ao papel de protagonismo nos últimos anos, os dois clubes fazem um duelo interessante no idioma tatiquês. Por isso, o Lance! destrincha os pontos fortes e fracos dois times. Abaixo, confira o que podemos esperar a partir do apito inicial no MetLife Stadium.
⚽ O que esperar do PSG para o duelo com o Chelsea?
Para a análise, a reportagem do Lance! procurou equiparar momentos anteriores das duas equipes que fossem semelhantes à projeção da decisão intercontinental. Iniciemos com o Paris Saint-Germain, considerado favorito no embate. Para a análise, teremos como paralelo a final da Champions, visto que também era uma partida que valia troféu diante de um adversário que era considerado azarão no confronto.
Naquele dia, o Paris mostrou o motivo de ter sido o time mais consistente da temporada. Comparações com o trabalho de Hansi Flick no Barcelona foram feitas, mas os catalães foram eliminados por uma Inter de Milão que foi absolutamente trucidada no último estágio europeu. Um 5 a 0 avassalador, que se traduziu na inteligência tática dos franceses.
O primeiro gol demonstra um dos pontos que puxam mais atenção do Chelsea: a subida do PSG em bloco. Os movimentos são coordenados, com um ataque forte à área, e a ocupação de todos os espaços. Doué, no centro da imagem abaixo, se posiciona entre três defensores da Inter e abre o corredor direito para Dembélé e Hakimi. Ao fazer isso, consegue se projetar e somar duas nuances: Dimarco se sobrecarrega com dois atletas, enquanto os três que cercam Doué olham apenas para a bola.
Vitinha recebe a sobra da jogada de Kvaratskhelia, e Doué dispara para o ataque ao espaço. Agora cercado por quatro, o atacante aproveita a tentativa de saída da última linha italiana, mas projeta o tronco para esperar até o último momento, e é lançado de maneira livre. Dimarco, que dava condição junto a Dumfries, corre para tentar evitar a finalização, mas Hakimi e Dembélé ficam soltos, e é o lateral quem empurra para o fundo das redes, abrindo os trabalhos na decisão. Em suma, a tentativa de saída por zona acabou deixando o lado individual florescer.
Na origem do segundo gol, a Inter de Milão tentou fazer uma marcação alta, pressionando o PSG para trás. Mas não adiantou. Ao superar a primeira linha, o Paris teve liberdade. Repare como Dimarco fecha o espaço dos zagueiros. Isso acontece porque a zaga fez perseguição longa, e a boa saída francesa levou o ala esquerdo a fechar como um zagueiro. A bola gira até o corredor em que justamente deveria estar o camisa 32, e Doué finaliza para marcar o segundo do PSG. Perseguições longas usualmente custam caro.
Na segunda etapa, os Nerazzurri precisaram se lançar mais ao ataque devido ao resultado negativo, e o PSG, assim, fez o que mais gosta: transições rápidas. Era apenas o começo do segundo tempo, e o time de Luis Enrique já dava indícios de que aproveitaria a incidência do jogo para golpear cada vez mais forte.
As ultrapassagens parisienses variavam entre jogadores de todos os setores. Hakimi e Nuno Mendes chegavam a pisar na área, mas, ao mesmo tempo, Kvaratskhelia, Doué e Dembélé eram acionados. No meio, Fabián Ruiz, Vitinha e João Neves também aceleravam o jogo. Assim, a subida em bloco tornou-se o mapa da mina para o restante da segunda etapa, com os italianos acusando as pancadas.
E foi dessa maneira que saiu o quarto gol. Veja na imagem abaixo como Dembélé busca a jogada quase na intermediária defensiva. Mas faz isso porque percebe a necessidade de aproximação, gerando superioridade numérica no setor esquerdo do campo e dando aos portadores da bola mais uma opção de passe. Sua velocidade corta a jogada, e Kvaratskhelia, no fim, tem sua atuação coroada com o tento. Confira também como a marcação frouxa e pouco incisiva da Inter permitiu que opções fossem exploradas por Nuno Mendes. O PSG ama enfrentar oponentes de pouca intensidade defensiva, o que dá tanto a Hakimi e Nuno quanto aos meio-campistas campo para aplicar a letalidade. Um convite ao prazer.
O golpe de misericórdia veio de uma maneira semelhante ao que aconteceu no primeiro gol parisiense. A linha da Inter, a essa altura, já estava fechada novamente, mas a indecisão entre bloquear os espaços do portador e dar atenção aos demais jogadores puniu o time de Simone Inzaghi, que, não ironicamente, é um especialista em montagem de sistemas defensivos brutos.
O primeiro domínio, feito por Barcola, atrai a atenção de quatro defensores. Mayulu recebe a bola atrás da meia-lua, e todos os que fecharam Barcola voltaram seus olhares para a bola. O atacante ficou solto na área, e ao receber, o processo se repetiu, trazendo a marcação de quatro atletas. Tapete vermelho estendido para o central invadir a área, fuzilar as redes e fechar a conta em Munique.
Tendo posto isto, é de se imaginar que o Chelsea viva um panorama semelhante, de azarão que precisará se defender mais do que atacar. Gerar espaços diante do PSG é implorar pela derrota. A marcação individual na última linha é o que Enzo Maresca precisará preparar para evitar as infiltrações dos meio-campistas e atacantes.
O retorno dos pontas à defesa para acompanhar Nuno Mendes e Hakimi também é um cenário que se faz imperioso. Porém, não é o que costuma acontecer, e abaixo, você confere a explicação das táticas do lado inglês da final.
⚽ O que esperar do Chelsea para o duelo com o PSG?
Para analisar o Chelsea, seria incorreto puxar momentos da final da Conference League, visto que a equipe de Maresca era favorita diante do Real Betis e precisou propor jogo desde o começo, tendo sofrido um gol no contra-ataque do clube andaluz. Olhando para o Mundial, os Blues só foram de fato dominados contra o Flamengo e em determinados momentos do jogo diante do Palmeiras, e é nesses pontos que vamos nos atentar.
Contra o Rubro-Negro de Filipe Luís, os britânicos impuseram sua proposta de marcação alta e tentaram ao máximo tirar os espaços da saída carioca. Não à toa, quando Wesley, como último homem, falhou, Pedro Neto foi mais inteligente e disparou para anotar o primeiro gol do confronto. Porém, o Fla conseguiu criar boas chances diante de alguns pontos de atenção.
A visão panorâmica da imagem abaixo é ideal para compreender o sistema. O time pisa por inteiro no campo de ataque, mas a chamada perseguição longa castiga a defesa. Chalobah deixa a posição para acompanhar Arrascaeta – homem da bola -, que com sua qualidade, enxerga a ultrapassagem e lança Gerson. O então capitão rubro-negro era marcado pelo volante Caicedo, já que o atleta do setor, Cucurella, foi ordenado a pressionar Wesley, em duelo praticamente individual que perdurou por bom período da partida.
Veja também, no círculo central, como Malo Gusto fecha o espaço deixado por Chalobah. Ponto para o lateral-direito no posicionamento. No canto superior direito, porém, Cole Palmer não volta. Ayrton Lucas, de muita velocidade, optou por não subir no lance, mas poderia ter atacado o espaço deixado por Luiz Araújo para ampliar o número de atletas no campo ofensivo. E esse é um grande perigo: a escassez de prioridade dada à volta dos pontas. Mas falaremos disso depois.
A perseguição longa volta a atormentar. Cucurella diminui Wesley, que acha Jorginho. O ítalo-brasileiro, de primeira, lança Gerson, que gira o tronco e gera grande oportunidade. Pelo lado esquerdo, Plata se projeta na segunda imagem abaixo, enquanto Cole Palmer só observa a ação defensiva sem contribuir com a marcação. Para a sorte dos Blues, o equatoriano foi parado por Robert Sánchez.
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A frouxidão defensiva dos Blues pelos flancos, uma hora, custaria caro. Ainda mais contra um time que utiliza de maneira massiva os pontas como é o Flamengo. Coincidentemente, assim também é o PSG. Gerson lança Plata – posicionado no canto esquerdo da imagem -, que testa para o meio da área, e Bruno Henrique aparece para completar para o fundo das redes. Para vencer o PSG, é crucial não deixar os lados soltos.
Mas como nem só de pão vive o homem, nem só de marcação vive o Chelsea. Contra o Palmeiras, os comandados de Enzo Maresca quiseram propor um pouco mais de jogo, e a parte individual passou a aparecer. É um time que atua muito com as aproximações, e que foi esperto para compreender alguns pontos negativos do Palmeiras e puni-lo na parte ofensiva.
No primeiro gol da vitória por 2 a 1, Chalobah teve um latifúndio para conduzir a pelota, e não se eximiu de fazer. Por cerca de 15 metros no campo ofensivo, o zagueiro levou a bola sem ser pressionado. Ao levantar a cabeça, viu Palmer flutuando no meio da defesa alviverde. Repare na imagem abaixo o movimento corporal de Richard Ríos, que tem o craque adversário à sua frente, mas trota para alcançá-lo. Faltou intensidade, sobrou qualidade para o camisa 10 inglês anotar o primeiro do confronto.
Nas saídas com a bola, Maresca solicita aos seus atletas que apresentem um comportamento de compactação, para que os zagueiros sejam tirados da pressão. Cucurella se torna um terceiro homem de zaga, e Malo Gusto, pela direita, afunda como um ponta. Palmer deixa o lado do campo e se apresenta como um homem central, enquanto os volantes procuram o desmarque.
Abaixo, o brasileiro Andrey Santos é quem faz o papel de mediador da jogada, e depois de dominar, gera a triangulação com Enzo e Palmer, que sai pelo meio. Assim, o Chelsea supera a primeira linha do Palmeiras e encontra campo para jogar. A dúvida é se em algum momento os centrais ingleses terão tal liberdade para chegar ao círculo central sem serem pressionados pela marcação forte do PSG.
Na parte defensiva, há falhas. Contra o Flamengo, os pontas sempre tinham liberdade. Maresca pareceu ter corrigido a anomalia, mas gerou outro problema: o ataque dos laterais adversários. Em cruzamento de Giay, Vanderlan apareceu solto, aproveitando o atraso de Pedro Neto, mas cabeceou nas mãos do goleiro Sánchez.
Já no gol, a situação foi outra: o espaço dado a Estêvão. Desta vez, Pedro Neto voltou para marcar Vanderlan. Mas de modo semelhante ao que fez a zaga da Inter de Milão em dois dos cinco gols da final da Champions, a marcação da última linha se tornou zonal, e os zagueiros desgrudaram dos atacantes. Assim, a jovem promessa brasileira recebeu bola por baixo e conseguiu empatar o jogo na ocasião, mesmo que não tenha evitado a derrota posteriormente. Veja as duas situações exemplificadas nas imagens abaixo.
🤔 Então, o que Chelsea e PSG podem fazer?
Em resumo, é possível prever um PSG tentando impor seu ritmo e intensidade de jogo durante os 90 minutos para fazer o Chelsea sofrer. Os Blues vêm de uma prorrogação e dois jogos decididos no segundo tempo, enquanto os franceses administraram melhor a energia e só sofreram nas quartas de final, diante do poderoso Bayern de Munique. Até mesmo contra o Real Madrid, foram necessários 12 minutos para definir o destino.
Para o lado inglês, Maresca precisará ordenar bem aos seus pontas, independentemente das escolhas que faça para os setores, que voltem para acompanhar Hakimi e Nuno Mendes. A marcação dentro da área também é um ponto de atenção: o PSG cruzará poucas bolas pelo alto, então é mais importante acompanhar as variações de movimentos dos atacantes que centralizarem seu posicionamento do que permitir o desmarque e a finalização. O contra-ataque estará oferecido, mas é preciso verticalizar os passes, visto que o retorno francês também é em bloco.
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Já pela ótica dos comandados de Luis Enrique, a tônica deve se manter a mesma de toda a temporada. Exploração dos lados do campo, subida dos dois velozes laterais titulares e paciência para trabalhar a bola de um lado para o outro, gerando superioridade numérica nos setores para triangular e abrir as trincheiras londrinas. Nada de surpresas.
🧠 O que você precisa saber sobre Chelsea x PSG?
A decisão do Mundial de Clubes, entre Chelsea e Paris Saint-Germain, acontece neste domingo (13), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey, Nova York (EUA). No formato antigo, os Blues acumulam um título, em 2021, e um vice, em 2012, diante do Corinthians. Os franceses, por sua vez, nunca haviam conquistado a Champions, e por isso, estão sentindo pela primeira vez o gosto da disputa intercontinental.
➡️ Chelsea x PSG: onde assistir ao vivo, horário e prováveis escalações do jogo pelo Mundial de Clubes
Fonte: Jovem Pan Read More