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Durante evento em Osasco (SP) nesta sexta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ao discursar na cerimônia do programa Periferia Viva, Lula afirmou que Trump foi “induzido a acreditar numa mentira” ao defender Jair Bolsonaro (PL) e disse que a sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros pelo governo norte-americano se baseia em desinformação.
“Se o presidente Trump tivesse me ligado, eu explicaria o que está acontecendo com o ex-presidente. Ele foi induzido a acreditar numa mentira de que o Bolsonaro está sendo perseguido. Não está. Ele está sendo julgado, com todo o direito de defesa”, declarou Lula. “Eu não quero brigar. Mas se quiser continuar brigando comigo, aí vai ter.”
O presidente também afirmou que Bolsonaro tentou impedir sua posse e a do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e que o plano envolvia até mesmo o assassinato de ambos. “Chegou a montar uma equipe para matar o Lula, o Alckmin e o Moraes. Isso já está provado, por delação deles mesmos”, disse, em referência a investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O general Mario Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, admitiu ser o autor do plano, mas por ora não implicou o ex-presidente.
Ao comentar o embate político com bolsonaristas, Lula comparou Eduardo Bolsonaro a Joaquim Silvério dos Reis, conhecido por trair o inconfidente Tiradentes. “Esses cidadãos que usavam a camisa da seleção e a bandeira nacional estão agora agarrados na bota do presidente dos Estados Unidos pedindo intervenção no Brasil. Junta a falta de patriotismo com traição”, afirmou.
No mesmo discurso, Lula comentou a regulação das plataformas digitais e criticou o papel das big techs na disseminação de discursos de ódio. “Nós vamos fazer regulação. Eles têm que respeitar a legislação brasileira. Não pode ficar promovendo ódio entre adolescentes, contando mentiras, tentando destruir a democracia”, disse. O presidente também abordou temas como desigualdade social e segurança pública. Ao falar sobre o programa Celular Seguro, que visa combater o roubo de celulares, Lula disse que o crime é cometido por “um pobre desgraçado contra outro pobre desgraçado nas periferias”.
Sobre a situação econômica com os EUA, Lula afirmou que o Brasil tem um déficit comercial com os norte-americanos e defendeu o diálogo. “Eles têm um superávit de US$ 410 bilhões em 15 anos. Quem deveria estar reclamando éramos nós. Mas não estamos, estamos querendo negociar”, pontuou. Lula ironizou ainda a decisão judicial que obrigou Bolsonaro a usar tornozeleira eletrônica. “Quando me propuseram acordo para ir para casa de tornozeleira, eu disse que não troco minha dignidade pela minha liberdade. Não sou pombo-correio.”
O evento também foi marcado por um breve tumulto: um homem gritou “ladrão” contra o presidente e foi retirado por seguranças. Lula se manteve em silêncio durante a confusão e, em seguida, afirmou: “Nós não aceitamos provocação e não jogamos o jogo rasteiro dos adversários.” Ao final do discurso, Lula fez um gesto político ao ex-deputado João Paulo Cunha, condenado no escândalo do Mensalão: “João Paulo, trate de voltar para a política. Pare de ganhar dinheiro como advogado em Brasília e venha para a porta de fábrica fazer comício.”
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan Read More