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Que a Conmebol não valoriza os seus produtos, isso é um fato conhecido, mas com a décima edição da Copa América feminina, que acontece no Equador, essa realidade ficou ainda mais exposta. Na primeira rodada da fase de grupos, as seleções foram impedidas de aquecer no gramado dos estádios, para preservar a grama. A seleção brasileira gravou um desses momentos, em que aqueceu numa sala de 15 m² e com cheiro de tinta, e reclamou publicamente após a vitória contra a Bolívia, o que fez a entidade alterar a regra e permitir 15 minutos de aquecimento para todo o grupo. Já imaginou isso acontecendo no futebol masculino?
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Para quem assistiu às partidas do Brasil, percebeu que os estádios estão constantemente vazios. Com ingressos a partir de US$ 3 (em torno de R$ 16,76), a média de torcedores está abaixo de 300, o que dificulta a popularização do esporte. A questão financeira também é ruim na premiação. O valor de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8,3 milhões) pago para a seleção campeã é o mesmo valor pago na edição de 2022. Sem contar que o torneio só contou com o VAR na fase final.
Além dos conflitos da Conmebol, as federações também não prestam suporte necessário para as atletas. A seleção do Uruguai, por exemplo, protestou por melhores condições de trabalho e ficou um dia sem treinar antes do início do torneio. O protesto surtiu efeito e a AUF concordou com o aumento das despesas de viagem, permissão para concentração no Complexo Celeste e melhoria nos equipamentos de treino. Elas se classificaram para a semifinal pela segunda vez na história, mas foram eliminadas para o Brasil.
O abismo que o futebol feminino sul-americano está, entrou em contraste com a Eurocopa feminina 2025. O principal torneio de seleções da Europa aconteceu de 2 a 27 de julho, na Suíça, e bateu recorde de público comparado à anterior: foram 657.291 espectadores, superando os 574.875 torcedores da edição de 2022 na Inglaterra. O valor de premiação também foi revisado pela UEFA, que pagou 41 milhões de euros para as jogadoras e seleções. Em 2022, esse montante tinha sido de 16 milhões de euros e, em 2017, de 8 milhões de euros.
É fácil encontrar pessoas criticando o nível de futebol feminino apresentado no Brasil, mas com tanta deficiência de estrutura, como o esporte irá evoluir? A Copa do Mundo de 2027 acontecerá aqui e, a esperança é que o investimento da Fifa alavanque a modalidade, mas é preciso muito mais esforço de CBF e Conmebol para que as coisas melhorem.
Fonte: Jovem Pan Read More