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O grupo terrorista Hamas divulgou neste sábado (2) um vídeo do refém israelense Evyatar David, de 22 anos, em que ele aparece cavando o que diz temer ser sua própria sepultura em um túnel na Faixa de Gaza. Visivelmente enfraquecido, David afirma estar há dias sem comer e relata condições extremas de fome e sede. O vídeo é parte da estratégia do Hamas para pressionar o governo de Israel em meio às negociações para a libertação dos reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que deixou 1.219 mortos, segundo autoridades israelenses. David foi capturado naquele dia, durante o festival de música Nova, em Re’im, no sul do país.
No registro, o refém fala com voz fraca e exibe um calendário improvisado onde marca os dias em que teria recebido alimento — com várias datas sem nenhuma anotação. Ele afirma que se alimenta apenas de lentilhas e feijões e mostra uma lata de comida, supostamente entregue por um sequestrador. “Esta lata é para dois dias, para que eu não morra”, diz. Em um trecho, faz um apelo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: “Fui completamente abandonado por você.”
How psychopathic is Hamas?
It forced starving hostage Evyatar David to DIG HIS OWN GRAVE for the cameras. pic.twitter.com/iMa404St4s
— Eylon Levy (@EylonALevy) August 2, 2025
A família de Evyatar autorizou a divulgação do vídeo à imprensa israelense. A irmã do refém, Yaelah David, lamentou a situação nas redes sociais: “Foi como um milhão de socos no meu coração. O Hamas não é o Estado Islâmico — é muito pior. Eles estão matando de fome os reféns e a própria população de Gaza”. Em fevereiro, David já havia aparecido ao lado de outro refém, Guy Gilboa Dalal, implorando por sua libertação.
Neste sábado, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Eyal Zamir, afirmou que os combates na Faixa de Gaza continuarão “sem trégua” enquanto os reféns não forem libertados. Segundo o Exército, 49 pessoas sequestradas em outubro permanecem em cativeiro, das quais 27 já foram declaradas mortas.
A ofensiva militar de Israel já causou mais de 60 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Os números são considerados confiáveis pela ONU. O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, também esteve em Tel Aviv neste sábado, onde se reuniu com familiares dos reféns na chamada Praça dos Reféns. Protestos exigindo um acordo e o fim da guerra continuam frequentes no local.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Noticias ao Minuto Read More