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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (4), uma operação contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi submetido a medidas cautelares e deverá usar tornozeleira eletrônica para monitoramento. A abordagem ocorreu no Aeroporto Internacional de Brasília, logo após seu desembarque de um voo vindo dos Estados Unidos. Do Val permaneceu dez dias no exterior, mesmo após o STF ter determinado a entrega de seu passaporte.
O senador é investigado pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da suposta trama golpista para impedir a posse de Lula e Alckmin em 2023. Dessa forma, houve decisão por parte da Suprema Corte de apreende o passaporte do parlamentar em agosto de 2024. “Não estou aqui fugindo, estou curtindo e dando atenção à minha filha no parque Universal Orlando. Alexandre de Moraes recebeu com 15 dias de antecedência informações de onde eu estaria, qual era o meu voo, o hotel que eu estou e até os ingressos que eu comprei”, declarou Marcos do Val por meio de vídeo gravado no fim de julho durante viagem aos Estados Unidos.
De acordo com nota divulgada anteriormente pela assessoria do parlamentar, a viagem foi realizada com um passaporte diplomático que ficou com Marcos do Val apesar de uma ordem do STF, de agosto do ano passado, ter determinado a apreensão dos documentos. “O passaporte diplomático encontra-se plenamente válido até 31 de julho de 2027, sem qualquer restrição. Em 22 de julho de 2025, a Embaixada dos Estados Unidos da América, em Brasília, renovou o visto oficial (B1/B2) do Senador, com validade até 16 de julho de 2035, o que atesta o pleno reconhecimento internacional de sua legitimidade e regularidade diplomática”, escreveu a nota do parlamentar.
Em resposta à Operação realizada pela Polícia Federal, a defesa do senador Marcos do Val “repudiou a narrativa de que [o parlamentar] teria descumprido a medida cautelar imposta pelo Supremo Tribunal Federal”. Em nota divulgada nesta segunda-feira, os advogados defenderam que “em nenhum momento Marcos esteve proibido de se ausentar do país, tampouco representou risco de fuga, já que comunicou previamente sua viagem à presidência do Senado Federal e ao próprio STF”.
“A decisão de bloquear integralmente seu patrimônio — incluindo salário parlamentar e verbas de gabinete — ultrapassa os limites da razoabilidade. Além de inviabilizar o exercício do mandato para o qual foi democraticamente eleito, a medida atinge de forma desumana sua família, que depende de seus rendimentos, inclusive para custear o tratamento contra o câncer de sua mãe. Trata-se de um precedente perigoso, que ameaça não apenas as prerrogativas constitucionais de um Senador da República, mas também os princípios fundamentais do devido processo legal e da separação dos Poderes”, diz a nota.
*Em atualização
Fonte: Jovem Pan Read More