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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta segunda-feira (4), que a preocupação mais imediata da equipe econômica é com o um terço das exportações brasileiras que são direcionadas ao mercado norte-americano, sendo que 12% das vendas do Brasil para o exterior vão para os EUA. “Nós temos 12% das nossas exportações para os Estados Unidos. O que preocupa mais imediatamente, porque está descompensado em relação ao resto do mundo, é um terço desses 12%, portanto 4% das nossas exportações”, comentou em entrevista à Bandnews.
No que diz respeito às commodities, maior peso na pauta de exportações brasileiras, Haddad tentou passar uma mensagem de tranquilidade ao dizer que elas podem ser redirecionadas a outros mercados. Disse ainda que a sobretaxação por parte de Donald Trump vai acabar respingando no próprio consumidor americano. “A situação do consumidor de café dos EUA já está sendo sentida com a taxa”, disse o ministro da Fazenda, para quem o impacto de tarifas é mais micro do que macroeconômico.
O ministro declarou que de maio para julho, a questão das tarifas foi politizada pela oposição no sentido de misturar a questão comercial com política. “Foi politizada de uma forma que nenhum outro país viveu”, ressaltou. “E nós estamos falando de países que não são democráticos, de países que têm governos autoritários, países que têm governos despóticos. E, nem por isso, as tarifas foram usadas com finalidade política. Aqui, em virtude da oposição ter se mobilizado contra os interesses nacionais, mudou de maio para julho a posição dos Estados Unidos da América”, disse, acrescentando que “os Estados Unidos tem o direito de buscar a solução para sua economia mesmo que não atenda o mundo, mesmo que tenha causado uma certa perplexidade por ser uma solução inusitada e que podia ser evitada em relação ao país, que se dizia liberal até outro dia”, disse o ministro.
Haddad defende que o governo tem que procurar despolitizar o debate comercial, pois o comércio internacional não pode ser utilizado para interesses eleitorais de um país que quer ver o Brasil governado por forças que querem entregar as riquezas nacionais, incluindo terras raras, os minerais críticos “O Pix, por exemplo, que nós entendemos que tem que ser mantido sob a responsabilidade do nosso Banco Central, tudo isso são questões de soberania nacional que nada têm a ver com o debate comercial. Nós precisamos compreender que, primeiro, nós somos um país soberano e democrático.”
Ainda, disse Haddad, “nós temos poderes independentes uns dos outros”. “O presidente Lula não pode se imiscuir num assunto que diz respeito a outro poder, então nós temos regras constitucionais, desde 1988, que estão estabelecidas; então há uma série de questões que precisam ser levadas à consideração de um país, que até outro dia era nosso parceiro, para que compreenda o funcionamento da nossa democracia, que é diferente da de lá.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula
Fonte: Jovem Pan Read More